Decreto anti-imigração de Trump favorece discursos extremistas

Adriana Capuano ainda comenta como esse tipo de ação fomenta as entradas ilegais no país

 17/02/2017 - Publicado há 7 anos
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Ouça a íntegra da entrevista da pesquisadora Adriana Capuano, do Instituto de Estudos Avançados da USP:

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Na última quinta-feira (9), o 9° Tribunal de Apelações americano manteve suspenso o decreto do Presidente Donald Trump que impede a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos Estados Unidos.

A integrante do grupo de pesquisa Diálogos Interculturais do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, Adriana Capuano, afirma que “é uma ilusão acreditar que você vai conseguir impedir que as pessoas se desloquem através de vetos”. Ela explica que “toda vez que a gente vê que as restrições aumentam em termos legais, as estruturas não-legais se fortalecem”.
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Foto: Visualhunt
Presidente Donald Trump – Foto: Visual Hunt

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O decreto ainda reduziria para 50 mil o número máximo de refugiados a serem aceitos neste ano fiscal e estabeleceria uma proibição por tempo indeterminado da entrada de pessoas nessa situação vindas da Síria. Adriana pontua que os Estados Unidos são um país com presença importante na questão de acolhimento dessa população e que se está vivendo a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.

A pesquisadora também afirmou que ações como a proposta pelo decreto acirram os extremismos e as situações de ódio, beneficiando as pessoas e movimentos que se favorecem desse discurso de terror.


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