Dados do Inpe sobre desmatamento geram discussão mas são reais

Luciano Nakabashi comenta que satélites captaram imagens e mensuraram áreas desmatadas comparando-as com outros períodos

 07/08/2019 - Publicado há 5 anos

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Nesta edição da coluna Reflexão Econômica, o professor Luciano Nakabashi fala sobre os dados acerca do crescimento do desmatamento na Amazônia, divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e as contestações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro quanto à genuinidade das informações.

De acordo com o professor Nakabashi, “os dados foram obtidos por meio de imagens de satélites que apenas fazem fotografias e acabam mensurando quanto há de áreas desmatadas e áreas verdes, comparando com diferentes períodos”. Esse método é muito utilizado em todo o mundo, uma vez que não é viável a avaliação presencial dos dados em todas as áreas.

Nakabashi explica que sempre é necessária a existência de especialistas e técnicos das mais diferentes áreas, como nas empresas, pois “não se pode colocar na diretoria uma pessoa que não entenda o assunto, assim como também não se deve colocar uma pessoa que entenda apenas sobre um determinado tema”.

O professor destaca que para as mais diversas áreas administrativas, como de empresas, instituições e ministérios, “é essencial que existam pessoas que possuam conhecimentos técnicos mas que também tenham a habilidade de saber comunicar-se e dialogar com diferentes públicos e pastas”, para que, assim, tudo seja colocado de acordo.

Dessa forma, Nakabashi critica a postura do presidente ao colocar que “o Inpe é uma instituição séria, grande e de muito prestígio. Essa, assim como outras falas do presidente, desgastam a imagem política do governo deixando a população desacreditada, umas vez que os dados são verdadeiros”.

Ouça no link acima a íntegra da coluna Reflexão Econômica.


Reflexão Econômica
A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar quinzenalmente,  quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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