O próximo final de semana será marcado pela conscientização da doação de medula óssea. Esse procedimento, que entrou em baixa durante o período da pandemia, serve para tratar principalmente doenças como a leucemia aguda. Para contribuir com a causa, os que se interessarem em fazer a doação devem se cadastrar.
O lembrete aparece não só para aqueles que querem doar as células da medula óssea, mas também para aqueles doadores que já estão registrados e que devem comunicar ao registro possíveis mudanças de endereço. “O que nós temos visto é que muitas vezes identificamos um doador e não conseguimos mais encontrá-lo no momento da doação”, afirma o professor Vanderson Rocha, titular da Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular da Faculdade de Medicina da USP ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição.
Rocha também explica que o transplante de medula óssea não é uma cirurgia. O procedimento é feito através de uma transfusão de células. “A medula óssea não é um órgão, e sim um tecido”, completa. Estando presentes em ossos de todos os organismos, as células da medula óssea são retiradas mais facilmente de ossos da bacia. Além disso, o transplante de medula óssea é feito principalmente para o tratamento de doenças do sangue, como leucemias agudas e aplasias de medula.
Segundo Rocha, no mundo existem 40 milhões de doadores voluntários. Nesse cenário, o Brasil ocupa o terceiro maior país em registro de doações. Com 5 milhões de doadores registrados, ele só fica atrás de Estados Unidos e Alemanha. Nem todos os registrados, porém, de fato doam. Muitas vezes, isso não acontece por não haver compatibilidade entre doador e paciente.
Para ser um candidato, é preciso estar abaixo de 35 anos de idade e se registrar em um banco de sangue ou hospital. Mais informações podem ser encontradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. Em São Paulo, o cadastro de doadores é feito pela Santa Casa. O processo também é marcado por um teste de compatibilidade.
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