Colunista analisa tentativa de negociação entre EUA e Talibã

“Uma negociação entre os ícones da barbárie, de um lado, e os marqueteiros da reeleição de Trump, de outro”, diz Marília Fiorillo

 13/09/2019 - Publicado há 5 anos

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Na última terça-feira, dia 10, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou em seu Twitter a demissão de seu conselheiro nacional de segurança, John Bolton. Ele foi a terceira pessoa a ocupar este cargo ao longo do governo, e sua demissão foi justificada por Trump pelos fortes desacordos em relação às sugestões do ex-conselheiro.

Nesta edição de sua coluna, a professora Marília Fiorillo analisa essa demissão e sua relação com as tentativas de negociação do governo estadunidense com o Talibã, no Afeganistão. “A saída de Bolton significa muito pouco em termos de uma guinada diplomática. Os falcões continuam na Casa Branca, como o secretário de Estado, Mike Pompeo”, comenta.

A professora explica que Bolton era contrário ao encontro entre Donald Trump e os chefes do Talibã na base militar Camp David – “local mais simbólico pelo fracasso de negociações de paz do que pelos apertos de mão”. O processo de negociação começou em janeiro e, segundo a colunista, após sete meses e nove rodadas de negociação, ainda não se tem a mínima ideia do que está sendo encaminhado.

“Dizem que o governo afegão ficou aliviado com a suspensão da reunião. Numa guerra civil que já se arrasta por mais de 18 anos, qual o sentido de negociações de paz que excluem – como um dos interlocutores – o governo do próprio país?”, indaga.

Ouça no player acima a íntegra da coluna Conflito e Diálogo.


Conflito e Diálogo
A coluna Conflito e Diálogo, com a professora Marília Fiorillo, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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