A dissolução do Congresso do Peru e os fortes protestos desencadeados pelo aumento da gasolina no Equador, que declarou Estado de exceção desde o dia 3, mostram a grande crise política que a região andina enfrenta. Na verdade, o foco é o mesmo nos dois países, a mistura de corrupção, insatisfação social e a polarização exacerbada entre governos e oposição. A história recente da América Latina ampliou-se com a corrupção tanto no Peru como no Equador, com candidatos e presidentes.
O ex-presidente peruano Alejandro Toledo está preso nos Estados Unidos; Ollanta Humala, também ex-presidente, foi preso por nove meses; Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, é mais uma que está presa. A tentativa da oposição fujimorista de destituir o presidente Martín Vizcarra e eleger um presidente pelo Congresso fracassou. Já o presidente do Equador, Lenín Moreno, transferiu a sede do governo de Quito para Guaiaquil, acusando o ex-presidente Rafael Correa de tentar um golpe de Estado contra seu governo. A crise institucional terminou, mas a política continua em ambos os países, por falta de perspectivas em razão da descrença no sistema.
Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da coluna do professor Alberto do Amaral Jr., que conversa com a repórter Simone Lemos.
Um Olhar sobre o Mundo
A coluna Um Olhar sobre o Mundo, com o professor Alberto Amaral, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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