Nesta edição de sua coluna, a professora Marília Fiorillo analisa a recente reviravolta no cenário político italiano. Recentemente, o até então vice-premiê Matteo Salvini apresentou uma moção de desconfiança contra o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, na expectativa de derrubá-lo do gabinete, e que assim fossem convocadas novas eleições.
Membro do partido ultradireitista Liga Norte, “notável pela política xenófoba e suas recusas em permitir o desembarque de imigrantes”, Salvini apostava sair dessa empreitada como novo primeiro-ministro italiano.
“O tiro saiu pela culatra, porque Salvini não previa a possibilidade de uma aliança entre dois partidos que nunca se deram muito bem. O neopopulista Movimento Cinco Estrelas, que é ‘anti-establishment’ e ‘antivelha’ política, e o Partido Democrático, uma frente de centro-esquerda nos velhos moldes”, analisa a colunista.
O acordo fez com que Conte fosse reconduzido ao mandato, encarregado de consolidar a improvável coalizão entre os dois ex-rivais. “A derrota não foi apenas da extrema-direita italiana, mas uma derrota para todos os ‘eurocéticos’ que têm se espalhado pela comunidade. Agora, o desafio é construir uma plataforma de consenso que não seja apenas ‘anti-Salvini’, e escolher novos ministros”, aponta Fiorillo.
Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da coluna Conflito e Diálogo, na qual a professora Marília Fiorillo fala com Cido Tavares.
Conflito e Diálogo
A coluna Conflito e Diálogo, com a professora Marília Fiorillo, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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