O carnaval, a festa popular mais celebrada no Brasil, ao longo do tempo tornou-se parte integrante da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira, nem tampouco realizado apenas por aqui. A história do carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial.
Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois, surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.
O carnaval comemorado no Brasil é distinto em cada parte do País. O Rio de Janeiro é famoso pelos desfiles das escolas de samba; na Bahia, os trios elétricos atraem milhões de foliões todos os anos; em outros Estados, como Pernambuco e Minas Gerais, o carnaval de rua é o mais popular. E em São Paulo? Para responder a essa pergunta e outras sobre o carnaval, o Diálogos na USP trouxe esta semana o professor Ivan Siqueira, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, especialista em História da Música e História da Arte Ocidental, Cultura Afro-Brasileira e Artes – “houve um empobrecimento brutal dos sambas das escolas. Todas tocam igual” -, e o radialista Moisés da Rocha, apresentador do programa O Samba pede passagem na Rádio USP – “as escolas de samba, hoje, têm integrantes que não fazem mais parte da comunidade. São artistas globais, que fazem parte do espetáculo”.
O programa Diálogos na USP – os temas da atualidade tem produção de Sandra Capomaccio, apresentação de Marcello Rollemberg e trabalhos técnicos de Marcio Ortiz.