Estudos recentes avançam na área da neurociência com métodos de captação de inteligência em humanos. Carlos Ernesto Garrido Salmon, do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, conta que a ressonância magnética tem se apresentado como uma técnica promissora de medição da capacidade cerebral.
O conceito de inteligência está longe de ser um consenso. No entanto, existem medidas de captação de circuitos nervosos aceitas pela comunidade médica, que podem ser utilizadas como parâmetro. O que se tem feito nas recentes pesquisas é uma série de captações de imagens cerebrais através do exame de ressonância magnética. Depois, as imagens são processadas e se buscam relações entre os resultados obtidos e as medidas de inteligência existentes.
O professor conta que um dos objetivos dessa técnica é conseguir vincular determinadas regiões corticais com índices de capacidade cerebral. A partir do entendimento do cérebro como uma rede complexa de atuação conjunta, sabe-se que a inteligência não se concentra em uma só parte desse órgão. Além disso, implicações clínicas podem resultar dessas pesquisas, como a descoberta de relações entre as informações obtidas a partir das neuroimagens e a predisposição a doenças neurológicas.
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