A crise econômica dos últimos anos afetou vários segmentos da indústria nacional, como os de máquinas e equipamentos, automação e até mesmo o setor de alta tecnologia. Para o pesquisador em Gestão de Automação da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), Ricardo Caruso Vieira, nosso país tem passado por um processo geral de desindustrialização, e o impacto maior dessa realidade recai sobre as indústrias de alta tecnologia. “O conhecimento de alta tecnologia tem sido pouco estimulado no Brasil, nos últimos tempos, e isso vai um pouco na contramão do trabalho feito em outros países do mundo”, os quais apostam no setor como a base da industrialização.
O fato é que a indústria nacional sofre com isso e com a perda da competitividade. E o mais grave é que o problema não é somente operacional, mas principalmente educacional, já que os recém-formados mais qualificados acabam deixando o País e dificilmente retornam com o conhecimento adquirido lá fora, observa Vieira, que faz um alerta: “O grande desafio talvez não seja tanto tecnológico, mas de recursos humanos, a gente precisa que a indústria nacional tenha não só técnicos capazes de lidar com as novas tecnologias, mas gestores capazes de entender a aplicação dessas novas tecnologias e implantá-las em novos projetos”.
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