“Brasil deve fazer jus à propriedade da Amazônia”, comenta colunista

Incêndio serve de alerta para o desmatamento na região, já que não foi causado por condições climáticas extraordinárias

 09/09/2019 - Publicado há 5 anos

Além da repercussão internacional em grande escala, as queimadas na Amazônia também suscitaram debates em relação à preservação ambiental no Brasil. Na coluna de hoje, Glauco Arbix comenta dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que indicam que o incêndio é o maior desde 2010, sendo que os fatores que levaram a essas situações diferem.

No passado, secas sazonais foram as principais causas de queimadas na região amazônica. No entanto,  “em 2019, nós não tivemos eventos climáticos que afetam as secas, como o El Niño – que, na verdade, é a única explicação que nós temos para o aumento das queimadas. Então, isso já é um grande alerta, e é preciso que façamos um esforço para pensarmos efetivamente nos interesses do País, tendo como certeza a nossa necessidade de defender a Amazônia”, explica o professor.

Apenas em agosto deste ano foram destruídos cerca de 30 mil quilômetros quadrados de todo o bioma amazônico – o equivalente a 4,2 milhões de campos de futebol, segundo dados do Inpe. Diante da incidência de discursos pró-internacionalização, Arbix defende que “a Amazônia é brasileira, então temos que fazer jus a essa propriedade. A maneira mais tranquila de fazer isso é tomando conta da floresta em pé, ou seja, desmatar sai muito mais caro economicamente, além de ser uma tragédia ambiental para o mundo todo, para as populações que moram na região e para todo o nosso país”.

Ouça no link acima a íntegra da coluna Observatório da Inovação. O professor Glauco Arbix conversa com Cinderela Caldeira.


Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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