A maior parte das tecnologias lançadas recentemente, em especial os smartphones, são lançados com sistemas de vigilância conhecidos como assistentes de voz. Luli Radfahrer comenta sobre os riscos disso, e alerta que as gravações feitas pelos microfones não têm destino claro. Por esse motivo, esse material pode ser usado de forma inadequada: “O maior problema disso é que qualquer coisa que eu digo pode ser interpretada fora de contexto. Se há dez anos de gravações minhas, existem também conteúdos incriminatórios muito acessíveis ali. É muito fácil você pegar qualquer informação e colocar o indivíduo sob alguma acusação dessa maneira”, comenta.
Segundo o especialista, essa problemática ainda não é respaldada na legislação, e que a privacidade das pessoas fica ameaçada especialmente no longo prazo. Isso fará com que a “melhor forma de resolver essa situação é a mesma que já adotamos há tempos: combater os problemas causados por tecnologia com mais tecnologia”. Nesse contexto, ele prevê o lançamento de outros aparelhos que emitam sons que bloqueiem a gravação pelos sistemas de vigilância, sendo que “ao invés de recorrermos a isso, seria muito mais fácil não termos criado o problema”.
Ouça no link acima a íntegra da coluna Datacracia.
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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