Arte da USP é levada para além dos muros a variados olhos críticos

Fora exposição e premiação, o objetivo é legitimar a presença das artes, em todas as suas manifestações, na Universidade

 15/04/2019 - Publicado há 5 anos
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jorusp

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Em sua 27ª edição, o Programa Nascente, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, foi criado em 1991 e já é o mais tradicional programa cultural voltado aos alunos da USP. Com periodicidade anual, o concurso artístico já teve a participação de cerca de 9 mil alunos e revelou nomes como Paulo Sacramento, Flávia Junqueira, Luís Miranda e José Roberto Torero. Para a edição de 2019, os estudantes de graduação e pós-graduação da USP poderão concorrer em sete áreas artísticas: Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Design, Música Erudita, Música Popular e Texto. Além da premiação de R$ 4 mil por categoria, os vencedores terão a possibilidade de mostrar seu trabalho em shows, concertos, apresentações, saraus e exposições, em eventos gratuitos e abertos ao público. As inscrições para a edição de 2019 serão realizadas pela internet no site, de 15 de abril a 30 de maio.

“Todos os anos inscrevem-se alunos de diversos cursos, como engenharia, arquitetura, medicina, além dos cursos de arte, na competição”, declara Cláudio Mubarac, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e coordenador acadêmico do programa. Somadas as últimas 26 edições, quase 10 mil estudantes já participaram e, segundo o artista visual, a qualidade se mantém, senão eleva-se, ao longo dos anos. “O principal objetivo é levar as obras feitas na USP para fora dos muros da Universidade. Levá-las a olhares amplos e críticos. As premiações são adicionais”, esclarece o docente.

O Nascente surgiu pela iniciativa do escritor João Alexandre Barbosa e da educadora Ana Mae Barbosa de forma a explicitar a produção cultural da Universidade. “Os cursos de Artes só chegaram à USP nos anos 70, naturalmente não eram vinculados à Academia. Logo, essas duas pessoas, muito ligadas ao tema, quiseram levar o caldo cultural, que já acontecia, para a sociedade, a fim de consolidar a presença do fazer artístico na Universidade. E, obviamente, funcionou”, conta Mubarac.

Foto: Divulgação / Programa Nascente

O artista revela que participou do Júri de Artes Plásticas da primeira edição, lá em 1991. Foram muitas as obras que ali passaram. “A maioria dos inscritos aparece na categoria Texto. A literatura tem um arcabouço técnico mais amplo. As demais áreas demandam uma formação prévia”, explica o professor. E, ao longo do ano, acontece não só a competição, mas a exposição desses trabalhos. No Centro Universitário Maria Antonia foram expostos, no ano passado, design, música, artes visuais e cênicas.

O programa começa hoje com a abertura das inscrições, mas se estende ao longo do ano. O número de candidatos aumenta a cada ano e a perspectiva para esta edição não é diferente. Neste Nascente, os diretores de departamento foram convidados a formular o projeto, com o intuito de torná-lo ainda mais amplo. Os concorrentes passarão por duas fases, a primeira, uma peneira, a segunda, selecionando os finalistas e ganhadores.

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