“As pesquisas de intercâmbio sobre as trocas culturais entre Brasil e África precisam melhorar e aumentar muito ainda, sobretudo no campo da arquitetura, onde são muito incipientes.” A afirmação é do colunista Guilherme Wisnik, que, ao visitar países da África, se surpreendeu com um fenômeno cultural pouco conhecido no Brasil, mas muito difundido na Nigéria e em Benim, qual seja, a chamada arquitetura brasileira em pleno solo africano.
É que, com o fim da escravidão no Brasil, muitos ex-escravos retornaram para seus países de origem, lá se estabelecendo e contribuindo com um “conhecimento empírico de construção”. Eles foram bem recebidos em seu retorno à África e alguns se tornaram construtores reconhecidos, produzindo obras notáveis.
Ouça, acima, a primeira coluna do ano do professor Guilherme Wisnik.