O Ministério do Planejamento divulgou a relação das oito maiores empresas estatais deficitárias. O rombo chega a R$ 38,7 bilhões entre 2013 e 2017. As campeãs foram Eletrobras e Infraero, que somam 83,8% do total do déficit acumulado no período.
As outras estatais deficitárias são Hemobrás, Telebras, Correios e Companhia Docas dos Estados do Rio de Janeiro, do Ceará e do Rio Grande do Norte.
O Brasil possui 138 empresas públicas controladas pelo governo federal. Entre elas, há casos de empresas criadas para projetos que nunca saíram do papel, como o caso do trem-bala no Brasil, para o qual foi criada a EPL – Empresa de Planejamento e Logística S. A. Mesmo sem ter o que fazer, a EPL consome R$ 69 milhões ao ano e possui 140 funcionários.
O professor João Luiz Passador, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, especialista em gestão pública, diz que a má gestão é apenas um dos problemas que geram déficits nas empresas públicas. Para o professor, a discussão não pode ficar restrita ao fato de as empresas serem públicas ou privadas.
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