Agronegócio surpreende e bate recorde no número de contratações em 2020

Alberto Borges Matias diz que a previsão para 2021 é positiva, o que pode transformar o Brasil no maior exportador de grãos do mundo nos próximos dois anos

 25/03/2021 - Publicado há 3 anos
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A razão do aumento no número de contratações foi a alta nas exportações de grãos no ano passado – Foto: Arquivo/Agência Brasil

O agronegócio surpreendeu no último ano; o setor teve um crescimento de 24,31% no número de contratações em relação a 2019 e bateu recorde com cerca de 62 mil novos empregos com carteira assinada, em um ano onde a taxa de desemprego chegou a 14,1%, segundo o IBGE. As áreas com maior número de contratações foram a da agricultura, seguida pelas de criação de gado e de aves. 

Para a professora Elaine Toldo Pazello, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, a razão desse aumento no número de contratações foi a alta nas exportações de grãos no ano passado, “explicado pela desvalorização da nossa moeda e valorização do dólar”.

Mesmo com o agronegócio alcançando um alto índice de contratação em 2020, com o número de empregos gerados suprindo as vagas eliminadas em função da pandemia, para o professor de Administração Financeira Alberto Borges Matias, aposentado pela FEA-RP, o Brasil ainda tem resquícios de desemprego dos anos anteriores.

Previsão para 2021

Ainda de acordo com Borges Matias, o crescimento do setor tem sido grande, gerando empregos, mas também na criação de novas tecnologias e mais especializações na área. A previsão para 2021 é positiva, diz o professor, e pode transformar o Brasil no maior exportador de grãos do mundo nos próximos dois anos. “Para este ano, 2021, a previsão é de crescimento do PIB em torno de 3%, mas será de forma diferente para cada setor.”

A tendência é de continuidade no crescimento do agronegócio, mas, para Borges Matias, a indústria também deve responder de forma positiva, e para os pequenos e médios negócios, que tiveram déficit de crescimento no ano passado, a estabilidade só deve vir com financiamentos do governo. 


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