Absolvição da chapa Dilma/Temer mergulha o país na incerteza

Para André Singer, é impossível saber o que vem pela frente, num momento em que todo o tecido político da nação está comprometido

 15/06/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 20/06/2017 as 17:00

Em sua coluna “Poder e Contrapoder”, o cientista político André Singer comenta sobre a decisão do TSE em absolver a chapa Dilma/Temer no processo que julgava sua cassação. Para ele, o resultado se deve, em boa medida, ao fato de que os ministros indicados pelo presidente Michel Temer especificamente para o Tribunal Superior Eleitoral votaram pela absolvição.  Já o ministro Gilmar Mendes, também favorável à absolvição, optou – na opinião de Singer – por uma posição política, e não jurídica.

O colunista entende ainda que, a partir de agora, devemos assistir a um confronto entre as forças da Justiça – tendo à frente a PGR -e as que pendem para o lado da Política. Temer, sempre segundo Singer, “comanda uma rearticulação do sistema político, que está reagindo contra tudo o que veio representando a Operação Lava Jato”. O resultado desse confronto é imprevisível, e a tendência é de um período conturbado.

 


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