A tradição republicana clássica ressurge com nova interpretação

A filosofia política é centrada na ideia de promover uma concepção específica de qualidade de vida

 02/07/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 04/11/2019 as 13:56
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O primeiro boletim Em dia com o Direito desta semana fala sobre os historiadores do pensamento político, a tradição republicana clássica que esteve nos holofotes nos últimos 60 anos e seu ressurgimento, quando prevaleceu uma interpretação particular dessa tradição. 

De acordo com essa visão, os republicanos clássicos sustentavam o que agora seria descrito como uma filosofia política perfeccionista, ou seja, uma filosofia política centrada na ideia de promover uma concepção específica de qualidade de vida, consistindo em uma cidadania ativa e virtude cívica no mundo. E, por outro lado, o combate a qualquer tipo de corrupção que prejudicaria esses valores.  

Os bens da participação política ativa e a virtude cívica devem ser entendidos como componentes intrinsecamente valiosos do florescimento humano. Essa visão distinta da vida está enraizada na experiência da antiga pólis grega, especialmente nos escritos de Aristóteles. 

Atualmente, referir-se a isso como uma interpretação “humanista cívica” da tradição republicana clássica é mais comumente associada aos escritos de Arendt, Pocock e Paul Rahe. Esses e outros escritos do humanismo cívico deixaram tamanha impressão nesse campo que até hoje muitos não conseguem distinguir seus pontos de vista daqueles dos republicanos clássicos. 

O Em dia com o Direito é produzido e apresentado por alunos do curso de especialização em Direito Civil: Novos Paradigmas Hermenêuticos nas Relações Privadas e coordenado pelo professor Nuno Coelho, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP) da USP. 

Ouça no link acima a íntegra do boletim.


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