Não é segredo para ninguém que o trânsito brasileiro é um dos mais violentos do mundo. São cerca de 22 mortes a cada 100 mil habitantes, geralmente jovens do sexo masculino, além dos muitos atropelamentos que vitimam principalmente crianças e indivíduos acima de 60 anos.
O professor Paulo Saldiva observa que vivemos uma cultura da velocidade. De acordo com ele, o carro está associado à potência e à virilidade, como pode ser atestado pelas campanhas publicitárias, que enaltecem sobretudo a aceleração e o desempenho do veículo. Ou seja, tudo o que o Código de Trânsito procura combater, em sua tentativa de reduzir as mortes no trânsito, “é vendido como uma forma de anunciar um carro”. A própria sinalização do tráfego, diz Saldiva, favorece o automóvel.
De acordo com ele, tudo isso perpetua a cultura de que as cidades são para os carros.
.
Não
.