2016 é o ano do empoderamento político dos indivíduos

2016 foi um ano turbulento, ao longo do qual aconteceu um pouco de tudo, e durante o qual os aspectos negativos superaram os positivos

 09/12/2016 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 12/12/2016 as 14:43

Acompanhe a entrevista do jornalista Marcello Rollemberg com os professores Pedro Dallari  e Carlos Eduardo Lins da Silva, colunistas da Rádio USP:

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Entra ano e sai ano, a discussão é a mesma: será que finalmente os teóricos do caos estarão certos e o mundo vai acabar? Definitivamente ele não acabou, mas as notícias ruins sem dúvida movimentaram o mundo em 2016. Se ouviu, se viu e se leu de tudo. Foram enchentes, terremotos, massacres, guerras, estupros coletivos, fome, refugiados na Europa, refugiados na América Latina, acampamentos, trabalho escravo, atentado em Nice, na boate em Miami…

2016 simplesmente não será esquecido.  Para o professor Pedro Dallari, “2016 foi marcado pelo empoderamento político dos indivíduos, em contrapartida aos partidos e instituições”.  Já o professor Carlos Eduardo Lins da Silva considera que “este ano quem saiu perdendo foi a globalização, por causa do nacionalismo do indivíduo. A crise econômica tem muito a ver com isso e o reflexo deve chegar também na OMC (Organização Mundial do Comércio)”.

Programa Diálogos na USP na Rádio USP, com as participações de Pedro Dallari e Carlos Eduardo Lins da Silva - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Programa Diálogos na USP na Rádio USP, com as participações de Pedro Dallari e Carlos Eduardo Lins da Silva – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

O país mais importante do mundo realizou suas eleições presidenciais elegendo um nome pouco aceito na comunidade internacional. O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi eleito a “personalidade do ano” de 2016 pela revista Time.  O que aconteceu e o que acontecerá com os Estados Unidos no ano que vem?

A separação de uma das maiores economias europeias da União Europeia  também  fez as manchetes deste ano, o que ficou conhecido por nós como Brexit, com a saída do Reino Unido da Comunidade Europeia.

A morte de um dos últimos ditadores do mundo, Fidel Castro, também deve ter consequências futuras.

Na Venezuela, inflação, insegurança e escassez de produtos básicos se agravam a cada dia desde 2014, quando explodiram as manifestações de estudantes e opositores ao governo de Nicolás Maduro. O caos ainda persiste naquele país.

Indivíduos estão menos tolerantes com práticas tradicionais da política - Foto: George Campos/USP Imagens
Indivíduos estão menos tolerantes com práticas tradicionais da política – Foto: George Campos/USP Imagens

Na Colômbiaum plano de paz  que não foi aprovado pela  população depois de ser acordado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc, e um novo plano de paz, agora para ser referendado não mais pela população, mas pelo Congresso.

Na Coreia do Norte, um ano que foi marcado por diversos testes nucleares. O número de refugiados norte-coreanos na Coreia do Sul passa de 30 mil.

Na Síria, o conflito levou mais de 80 mil pessoas a fugirem de Aleppo, segundo dados da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Religião e guerra são dois temas que muitas vezes se cruzam. Desde as Cruzadas até nossos dias, vimos inúmeros conflitos travados em nome da fé. Enquanto muitos acreditam que as guerras explodiriam se não houvesse a religião e que a fé é, na realidade, é uma grande promotora da paz, para outros, guerra e religião não podem se separar.

Para falar sobre os principais fatos e acontecimentos que movimentaram o mundo em 2016, o Diálogos na USP recebeu  os professores Pedro Dallari, titular de Direito Internacional da Faculdade de Direito da USP e diretor do IRI (Instituto de Relações Internacionais da USP),  e Carlos Eduardo Lins da Silva, livre-docente em Comunicação pela USP e diretor de Relações Institucionais da Patri Relações Governamentais & Políticas Públicas.

Esta edição do programa Diálogos na USP – os temas da atualidade teve apresentação de Marcello Rollemberg, produção de Sandra Capomaccio e trabalhos técnicos de Benevaldo Ribeiro.

 

 

 

 

 

 

 


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