Um novo jubileu de diamante a celebrar: a USP no interior do Estado de São Paulo

Por Tito José Bonagamba, professor titular do Instituto de Física de São Carlos da USP

 29/09/2023 - Publicado há 1 ano
Tito José Bonagamba – Foto: Reprodução

 

No dia 24 de setembro de 1948, o interior do Estado de São Paulo comemorou com enorme alegria a promulgação da Lei nº 161, que dispunha sobre a criação de estabelecimentos de ensino superior em cidades do interior do Estado, fruto dos intensos esforços integrados da população em geral e da comunidade política das cidades envolvidas.Naquele momento, seis cidades foram beneficiadas com a Lei nº 161:

I – Escola de Engenharia, em São Carlos
II – Faculdades de Farmácia e Odontologia, em Bauru e Taubaté
III – Faculdade de Medicina, em Ribeirão Preto
IV – Faculdade de Direito, em Campinas
V – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em Limeira.

A notícia foi confirmada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, no dia 26 de setembro de 1948.

Dessas cidades, apenas Bauru, Ribeirão Preto e São Carlos acabaram tendo seus campi USP consolidados, fato que trouxe enorme desenvolvimento para essas cidades, com as:

• Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP
• Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP
• Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.

Essa história teve início no dia 25 de julho de 1947, quando o deputado estadual de São Carlos Miguel Petrilli submeteu à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) o Projeto de Lei número 10, propondo a criação da Universidade de São Carlos.

A partir desta data, foi travada uma difícil batalha, gerando intensos debates na Alesp, sendo a proposta avaliada com uma manifestação de desaprovação do Conselho Universitário da USP, em 12 de maio de 1948, e recebido o veto do governador do Estado de São Paulo, em 10 de setembro de 1948.

No entanto, a proposta apresentada pelo deputado estadual Miguel Petrilli evoluiu e alcançou êxito em 24 de setembro de 1948, com a publicação da Lei número 161.

Essa data deve ser sempre lembrada e reconhecida pela USP, com o cuidado de prestigiar todos os nomes que contribuíram para esse importante momento da nossa Universidade, que transformou o interior do Estado de São Paulo e aperfeiçoou a USP como um todo.

Neste momento de celebração, a comunidade acadêmica da USP deve demonstrar todo seu agradecimento aos esforços da população em geral e da comunidade política que participaram do processo de sua criação no interior, pois foi mérito delas o êxito alcançado.

Ciente desse compromisso com a sociedade, a USP está continuamente se empenhando para retribuir, com todo o vigor do conhecimento criado em suas instituições de ensino e pesquisa, promovendo, além da formação de recursos humanos qualificados, o desenvolvimento social e econômico sustentável e o bem-estar da população.
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