Superintendência de Gestão Ambiental procura projetos inovadores

A nova superintendente de Gestão Ambiental, Patrícia Faga Iglecias Lemos, mantém o compromisso de prosseguir com a implantação do Plano Ambiental da USP, mas reforça a necessidade de ações concretas e imediatas.

 03/10/2016 - Publicado há 8 anos
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A nova superintendente de Gestão Ambiental, Patrícia Faga Iglecias Lemos, mantém o compromisso de prosseguir com a implantação do Plano Ambiental da USP, mas reforça a necessidade de ações concretas e imediatas

Patrícia é docente do Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito (FD)

À frente da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) desde agosto, Patrícia Faga Iglecias Lemos já teve a oportunidade de representar a USP em três eventos internacionais que discutiram a sustentabilidade nas universidades: a 11ª Conferência sobre o Desenvolvimento Sustentável de Energia, Água e Sistemas de Meio Ambiente, que aconteceu entre os dias 4 e 9 de setembro, em Lisboa; o Simpósio Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável nas Universidades, realizado em Boston, de 11 a 17 de setembro; e a 4ª Conferência do Fórum Mundial de Universidades sobre Sustentabilidade, que aconteceu entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro, em São de Petersburgo (Rússia).

Em sua participação, Patrícia apresentou o Plano Ambiental da USP e explicou como foram as discussões que levaram à definição das 12 políticas que compõem o plano: a Política Ambiental da USP, Águas e Efluentes, Áreas Verdes e Reservas Ecológicas, Edificações Sustentáveis, Educação Ambiental, Energia, Fauna, Mobilidade, Redução de Emissões de GEE e GP, Resíduos sólidos, Sustentabilidade na Administração, e Uso e Ocupação Territorial.

“A Universidade já deu um grande passo ao formular as 12 políticas ambientais. Dar visibilidade à questão da sustentabilidade reforça nossa responsabilidade de implantar o que está previsto nelas. Agora, precisamos desenvolver as próximas fases, que são a definição dos planos de gestão ambiental, com indicadores e metas; e a definição dos planos ambientais locais, de acordo com a realidade de cada campus”, explicou a nova superintendente.

Patrícia garante que sua gestão dará continuidade ao planejamento que estava sendo feito, mas com uma ênfase maior nas ações práticas, que podem ser implantadas de forma concreta. “Agora, a SGA já está identificando em todos os campi projetos interessantes, sustentáveis e que se encaixem nas políticas ambientais, para serem adotados como projetos-piloto e disseminados em toda a Universidade”, afirma.

Segundo a superintendente, “atualmente, o conceito de sustentabilidade nada mais é do que um conceito ligado à eficiência. Ter uma gestão sustentável é, muitas vezes, trabalhar para reduzir o consumo, reduzir a geração de resíduos, buscar fontes alternativas de energia, por exemplo. Tudo isso é sinônimo de eficiência e a Universidade, com todo o conhecimento que produz em das pesquisas, tem a responsabilidade de assumir esse conceito de eficiência”.

Experiência

Patrícia é docente do Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito (FD), pesquisadora líder do Grupo de Estudos Aplicados ao Meio Ambiente, cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e tem como principais áreas de atuação: consumo sustentável; logística reversa; resíduos sólidos e responsabilidade civil pós-consumo; responsabilidade compartilhada; nexo de causalidade; áreas contaminadas; responsabilidade civil por danos ao meio ambiente; e compensação ambiental. É vice-presidente para a Região Sudeste do Instituto “O Direito por um Planeta Verde” e é membro da Associação dos Professores de Direito Ambiental do Brasil.

Entre 2015 e 2016, foi secretária de Estado do Meio Ambiente de São Paulo e deve trazer um pouco dessa experiência para a Universidade. “Na Secretaria, atravessamos o difícil período da crise hídrica, que nos proporcionou uma nova visão sobre a utilização e a preservação da água. Nós da USP devemos trabalhar dentro da temática da melhoria dos processos e do consumo racional da água, fornecendo soluções”, explicou.

Além disso, a professora também pretende levar aos municípios um pouco do que é desenvolvido na Universidade. Segundo ela, “a ideia é levar as boas ideias para a sociedade. Muitas vezes, os municípios não são preparados e têm muita dificuldade para desenvolver e implantar seus próprios planos ambientais. A USP pode contribuir muito, promovendo cursos e projetos para a capacitação técnica dos municípios, por exemplo”.

(Foto: Ernani Coimbra)


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