Campanha de prevenção ao suicídio envolve comunidade em Hospital da USP em Bauru

Com a participação de mães e acompanhantes em espera cirúrgica, atividades no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais buscam esclarecer sobre intervenções eficazes para prevenir o suicídio

 16/09/2021 - Publicado há 3 anos
Distribuição de material informativo faz parte das atividades do Setembro Amarelo – Foto: Divulgação/HRAC

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Desde o início do mês, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP em Bauru vem promovendo várias atividades de conscientização e orientação sobre a prevenção do suicídio. O objetivo é colaborar com as ações do Setembro Amarelo, uma campanha nacional que tem o apoio de várias instituições de saúde como o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria.

No HRAC, o tema é lembrado com cartazes e decoração especial na cor amarela em vários locais do hospital, como ambulatórios e recreação. A confecção da decoração e dos laços amarelos contou com a participação de mães e acompanhantes em espera cirúrgica e equipe do Serviço de Educação e Terapia Ocupacional.

Nas salas de espera do hospital, foi realizada ação de orientação sobre a prevenção do suicídio, com leitura de mensagem informativa e de conscientização elaborada pelos residentes de Serviço Social e Psicologia, e esclarecimento sobre a disponibilidade dessas duas especialidades diante de possível demanda.

Durante a atividade, também foram entregues aos pacientes e acompanhantes folders informativos, marcadores de página e fitas amarelas doadas pelo CVV de Bauru, além de marcadores de página confeccionados pelas mães e acompanhantes em espera cirúrgica.

As ações da campanha são realizadas pelo Grupo de Trabalho de Humanização e Educação Permanente e pelo Serviço Social em parceria com o Serviço de Educação e Terapia Ocupacional e a Seção de Psicologia, todos do HRAC.
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Atividades com acompanhantes de pacientes durante o Setembro Amarelo -Foto: Divulgação/HRAC

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Principal causa de morte no mundo

O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo responsável por uma em cada 100 mortes. Além disso, estudos demonstram que a pandemia ampliou os fatores de risco associados ao suicídio, como perda de emprego ou econômica, trauma ou abuso, transtornos mentais e barreiras ao acesso à saúde.

Ainda de acordo com a OMS, o estigma, os recursos limitados e a falta de conscientização continuam sendo as principais barreiras para a busca de ajuda, destacando a necessidade de alfabetização em saúde mental e campanhas antiestigma.

Criando esperança por meio da ação é o tema da campanha de prevenção ao suicídio deste ano, organizada pela Associação Internacional para a Prevenção ao Suicídio (Iasp) e endossada pela OMS, com o objetivo geral de aumentar a conscientização sobre a prevenção ao suicídio em todo o mundo.

Sinais de alerta

A maioria dos suicídios é precedida por sinais de alerta verbais ou comportamentais, como falar sobre o desejo de morrer, sentir grande culpa ou vergonha ou se sentir um fardo pelos outros. Outros sinais são sensação de vazio, desesperança, de estar preso ou sem razão para viver; sentir-se extremamente triste, ansioso, agitado ou cheio de raiva; ou com dor insuportável, seja emocional ou física.

Mudanças de comportamento; afastar-se dos amigos, despedir-se, distribuir itens importantes ou fazer testamentos; fazer coisas muito arriscadas, como dirigir em velocidade extrema; mostrar mudanças extremas de humor; comer ou dormir muito ou pouco; usar drogas ou álcool com mais frequência também podem ser sinais de alerta.

Intervenções eficazes para prevenir o suicídio estão disponíveis. Em um nível pessoal, a detecção precoce e o tratamento da depressão e dos transtornos por uso de álcool são essenciais para a prevenção ao suicídio, bem como o contato de acompanhamento com aqueles que tentaram o suicídio e o apoio psicossocial nas comunidades. Se uma pessoa detectar sinais de suicídio em si mesma ou em alguém que conhece, deve procurar a ajuda de um profissional de saúde o mais rápido possível.

O CVV presta apoio emocional e de prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuita todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, pelo telefone 188 (sem custo de ligação) ou pelo site www.cvv.org.br.

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Com informações de Tiago Rodella, Assessoria de Imprensa do HRAC
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