Mulheres produzem força em mais músculos dos glúteos do que homens durante corridas

Ao contrário do que imaginavam, pesquisadores verificaram que os homens apenas superam as mulheres no músculo máximo, perdendo em todos os demais músculos do glúteo

 30/04/2021 - Publicado há 3 anos

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Na coluna Ciência e Esporte desta semana, o professor Paulo Roberto Santiago fala sobre o artigo Diferenças sexuais nas forças dos músculos dos glúteos durante a corrida, publicado pelo Sports Biomechanics em 2018, e que derruba pelo menos um mito de maior força muscular masculina sobre a feminina. No quesito “bumbum”, as mulheres produzem maior força pelos grupos musculares da região.

No estudo, os pesquisadores investigaram a força de compressão dos músculos dos glúteos em 21 corredores de alta performance, homens e mulheres, através de testes – corrida em pista de 20 metros com velocidade controlada e avaliações em plataforma de forma. Foram coletados dados sobre as forças musculares dos glúteos e isquiotibiais (músculos localizados na parte posterior da coxa) e sobre as variáveis de movimento dos quadris dos atletas.

Segundo o professor Santiago, os pesquisadores acreditavam que os homens apresentariam maior força nos glúteos durante as corridas; entretanto, os resultados apontaram que os homens têm um pico de força maior no glúteo máximo, enquanto as mulheres apresentaram maior pico de força no glúteo médio, mínimo e nos isquiotibiais. 

Santiago afirma que os resultados se justificam pelas diferentes medidas antropométricas (dimensões físicas) entre os sexos e que não podem ”ser alteradas com treinos, pois são características antropométricas dos indivíduos”.

Os ouvintes podem participar da coluna Ciência e Esporte, sugerindo temas ou enviando questões para as próximas edições pelo e-mail ou através de comentários no canal da coluna no YouTube. A única restrição é que sejam temas relacionados à ciência e esporte.


Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Paulo Santiago, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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