Instituto do Câncer aparece entre os melhores do mundo em ranking internacional

De acordo com o professor Paulo Hoff, diretor-geral do instituto, o reconhecimento mostra a credibilidade que a instituição conseguiu em pouco mais de uma década, atingindo um nível de excelência mundial

 05/10/2020 - Publicado há 4 anos
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Anualmente, a revista americana Newsweek divulga o ranking dos melhores hospitais especializados do mundo, em sua premiação Ranking World’s Best Specialized Hospital. Esses hospitais são avaliados dentro de suas próprias especializações e, com isso, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) aparece entre os melhores hospitais especializados em oncologia do mundo.

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira”(ICESP) foi inaugurado em maio de 2008, numa parceria entre o Governo do Estado de São Paulo, a Fundação Faculdade de Medicina (FFM) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), para ser uma referência em atendimento humanizado, ensino e pesquisa do câncer em âmbito nacional e internacional.

Na votação deste ano, mais de 40 mil especialistas foram ouvidos ao redor do mundo. “Um reconhecimento como esse mostra a credibilidade que a instituição conseguiu em pouco mais de uma década, atingindo um nível mundial. Não foi uma competição entre as instituições brasileiras, foi, na realidade, um ranking que incluiu instituições do mundo inteiro”, comenta o professor Paulo Hoff, titular do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da USP, diretor-geral do Icesp, vinculado à faculdade. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, Hoff explica que estar entre os melhores do mundo mostra que o caminho escolhido pela instituição em 2008, quando foi montado o plano e estrutura do funcionamento do Icesp, deu certo.

O tratamento sistêmico do câncer, seja oral ou endovenoso, evoluiu ao longo do tempo. A quimioterapia convencional, substâncias que atuam matando células, inclusive as tumorais, com efeitos colaterais devido à sua atuação ampla, ainda é a base do tratamento oncológico, mas vem sendo substituída gradualmente. Terapias moleculares aparecem como opção, em que há uma substância projetada para bloquear uma alteração celular típica de uma célula tumoral, fazendo com que ela atue especificamente nesse tipo de célula e não em outros. O avanço mais recente parte da própria terapia molecular, que se dividiu em dois campos: a imunoterapia e alteração molecular (terapia agnóstica).

O diretor-geral aproveita a oportunidade para comentar que o Icesp não foi exceção quando o assunto é pandemia, com seu atendimento tendo diminuído, como qualquer instituição no mundo. Isso gera preocupação na equipe da instituição, pois, com o término da pandemia, eles terão que disponibilizar um número maior de tratamentos para os pacientes oncológicos, em meio às consequências econômicas causadas por esta mesma pandemia. É uma demanda reprimida que requererá um aumento na capacidade de atendimento e encontrará dificuldades devido à contração econômica.

Em termos estruturais, o Icesp conta com mais de 70 mil m2 em seus 23 andares, além de mais quatro andares no subsolo. São quase 500 leitos especializados no tratamento do paciente com câncer e, desse total, 84 leitos são dedicados à terapia intensiva. “O Icesp já tratou até hoje, desde sua inauguração, em 2008, mais de 100 mil pacientes e, atualmente, temos mais de 40 mil pacientes em tratamento e acompanhamento ativo, tornando-o uma das maiores instituições do mundo em volume de pacientes no tratamento dessa doença”, conclui Hoff.

O ranking da revista Newsweek pode ser acessado ao clicar o link. Saiba mais ouvindo a entrevista completa no player acima.


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