Depois de analisar 14 equipes de futebol que disputaram a primeira divisão do Campeonato Paulista de 2018, o professor Ivan Furegato Moraes constatou que apenas três delas contavam com uma estrutura de marketing próxima à exigida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). “Em 12 clubes o departamento de marketing estava presente, porém, com estruturas precárias, pessoas em diferentes funções de executivos e gerentes contratados. Havia também acúmulo de funções e realização de tarefas não ligadas ao marketing, falta de planejamento e limitação de recursos humanos e financeiros, entre outros”, descreveu o pesquisador.
Moraes explicou que essa situação acarretava vários prejuízos às organizações, o que pode ser exemplificado pelo relacionamento precário com os torcedores/consumidores e pela limitada variabilidade de opções de arrecadação. Segundo o professor, “o marketing bem desenvolvido gera receitas que são fundamentais para a sustentabilidade dos clubes e para o investimento na parte esportiva, além de possibilitar conhecer, entender e oferecer produtos e serviços adequados aos diversos tipos de torcedores, independentemente do tamanho do clube”.
Na sua pesquisa de doutorado Moraes teve a orientação da professora Flávia da Cunha, do Departamento de Esporte da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP.