Pílula Farmacêutica #24: Apreensivo, mundo espera pela vacina contra a covid-19

Previsão é que a vacina chegue em até 18 meses, mas dezenas de instituições ao redor do mundo concentram esforços nesses estudos. China e Estados Unidos anunciaram recentemente testes em humanos, o que significa um grande avanço

 04/05/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 05/05/2020 as 9:51
Pílula Farmacêutica - USP
Pílula Farmacêutica - USP
Pílula Farmacêutica #24: Apreensivo, mundo espera pela vacina contra a covid-19
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Neste episódio do Pílula Farmacêutica, a acadêmica Giovanna Bingre, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto, comenta sobre a situação das vacinas contra a covid-19 ao redor do mundo. Ela conta que “existem dezenas de laboratórios privados e principalmente as universidades no mundo todo fazendo estudos e testes in vitro para o desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz para o coronavírus. A China e os Estados Unidos anunciaram recentemente testes em humanos, o que significa um grande avanço”.

Doenças causadas por vírus, como a varíola, a poliomielite ou a meningite viral representaram grandes marcos na história da saúde. Só a varíola, no século 20, matou mais de 300 milhões de pessoas. Se não existissem vacinas, hoje, a sociedade continuaria sendo devastada por essas doenças, que, além de alta mortalidade, deixam sequelas graves, como a paralisia provocada pela poliomielite. Com o mundo globalizado e a rápida conexão entre países e regiões, esses vírus se espalhariam em período muito curto de tempo, causando cenário ainda pior que o do novo coronavírus.

Quanto à imunização contra o sars-cov-2, Giovanna ressalta que “o tempo estimado é que uma vacina demore até 18 meses para ficar pronta, apesar de alguns cientistas estipularem que até setembro alguma vacina deve estar autorizada para o uso em humanos. Isso seria um recorde, pois, até então, a vacina mais rápida a ser desenvolvida foi a do sarampo, que levou dez anos para ficar pronta a partir do descobrimento do vírus”. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da USP são alguns dos polos de pesquisa que concentram esforços no desenvolvimento de uma vacina.

Saiba mais ouvindo o episódio na íntegra.


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