Após tantos desentendimentos e embates, o presidente da República trocou seu ministro da saúde. Sai Luiz Henrique Mandetta, que tinha uma aprovação de aproximadamente 76% de entrevistados ouvidos pela opinião pública, e entra o oncologista Nelson Teich, cujos programas e planos de atuação não estão definidos. A princípio, o novo ministro se porta com cautela em relação à quarentena. Ele falou que não irá mudar de maneira abrupta a estratégia de isolamento horizontal, que vinha sendo adotada, disse que para aumentar o conhecimento da doença será necessário fazer testes em massa e que o País precisa conhecer melhor os dados da pandemia para poder enfrentar a crise e definir políticas adequadas. Pesquisa do Datafolha mostra que a decisão de Jair Bolsonaro teve a desaprovação de cerca de 64% dos entrevistados e aprovação de apenas 25%.
O professor José Álvaro Moisés lembra que “essa troca de comando em uma área tão importante, tão estratégica, não deixou claro quais são as linhas que vão ser seguidas na nova administração. Isto implica num déficit de governabilidade extremamente importante nesse momento de uma crise tão grave que nós estamos vivendo no País”.
Qualidade da Democracia
A coluna A Qualidade da Democracia, com o professor José Álvaro Moisés, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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