Vitória de “Parasita” representa uma autocrítica da academia americana de cinema

Segundo Wisnik, o narcismo autocentrado é alguma coisa que o Oscar e a academia sempre representaram e que a atual premiação, de alguma forma, tenta reverter

 13/02/2020 - Publicado há 4 anos
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Na coluna desta semana, Guilherme Wisnik comenta sobre Parasita, escolhido como melhor filme no Oscar 2020. O professor já havia comentado a produção sul-coreana na ocasião do seu lançamento. No entanto, destaca agora a importância de, pela primeira vez, o prêmio ter ido para um filme de língua não inglesa.

Além disso, Wisnik considera a temática da exclusão social como o ponto central do filme, “sobretudo num momento em que cresce a concentração de renda e a exclusão no mundo como um todo, cresce a xenofobia, isto é, a intolerância com o lugar do outro, portanto, cresce o narcisismo autocentrado, que é alguma coisa que o próprio Oscar e a academia em grande medida sempre representaram. Num momento em que isso acontece no mundo, a academia e o Oscar tomam distância e fazem essa crítica, que é também uma autocrítica”, avalia. Parasita conta a história de uma família pobre que vive em um porão e sua relação com uma família milionária que vive em uma luxuosa mansão.

Acompanhe o comentário completo no link acima.


Espaço em Obra
A coluna Espaço em Obra, com o professor Guilherme Wisnik, vai ao ar  quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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