O uso de chupetas é aceitável em bebês e crianças de até dois anos de idade, e é considerado um hábito de sucção não nutritiva, que vai além da amamentação. No entanto, existem controvérsias em relação a sua utilização, porque ainda não foi estabelecido uma frequência ou tempo de uso que não causem prejuízos ou alterações no desenvolvimento dental e facial da criança.
O desenvolvimento de hábitos como o uso de chupeta e sucção do dedo geralmente estão associados à necessidade de uma maior frequência de sucção, o que pode ser solucionado pelo próprio aleitamento materno. Evidências científicas comprovam que crianças amamentadas no peito, por pelo menos seis meses, estão menos propensas ao hábito da chupeta. Nos casos em que a amamentação natural não pode ser realizada e as necessidades de sucção da criança não estejam satisfeitas, o bico pode ser utilizado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementar até aos dois anos de idade, tanto por esses fatores odontológicos quanto pela série de benefícios ao desenvolvimento do bebê. Oferecer a chupeta a uma criança não é um ato tão simples e envolve uma série de outros cuidados a serem considerados, como a escolha da melhor chupeta, formas eficazes de higienização dos bicos e também a idade mais adequada para a retirada da chupeta para evitar danos ao desenvolvimento facial, dental, fonoaudiológico e até mesmo psicológico infantil, por se tratar de uma questão associada com a necessidade de segurança e afetividade da criança.
Ficha Técnica
Edição sonora: Gabriel Soares
Produção: Rosemeire Talamone e Alexandra Mussolino de Queiroz
Vinheta: Paola Mira e Lais Lima Pelozo
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