Ciência USP #05: A inteligência artificial pode ajudar a entender o cérebro?

Um ramo das ciências da computação defende o uso da inteligência artificial como ferramenta para conhecer melhor o funcionamento do cérebro. E também: por que a Via Láctea é “empenada”

 12/02/2019 - Publicado há 5 anos
Ciência USP - USP
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Ciência USP #05: A inteligência artificial pode ajudar a entender o cérebro?
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A inteligência artificial está em todo lugar: na conta de luz, nas redes sociais e nas plataformas de streaming de música e filmes. Um ramo das ciências da computação vai um pouco além, e propõe o uso da inteligência artificial como ferramenta para conhecer melhor o funcionamento do cérebro. Sempre curiosa, a equipe do Ciência USP foi conversar com cientistas da computação para perguntar o que eles pensam sobre o assunto.

Segundo André Carvalho, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP e integrante do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), conta que, décadas atrás, os cientistas sonhavam desvendar os mecanismos de funcionamento do cérebro por meio da modelagem de redes neurais artificiais.

Essas redes neurais são uma técnica utilizada no campo de estudos da inteligência artificial. Ela é inspirada na comunicação entre neurônios, mas até hoje não foi capaz de realmente servir como modelo para o funcionamento do cérebro. Carvalho, no entanto, não descarta a possibilidade de técnicas mais recentes conseguirem resultados melhores.

Já Leliane Barros, do Laboratório de Lógica, Inteligência Artificial e Métodos Formais do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, é mais cética. “Talvez a gente
tenha até alguma compreensão sobre o comportamento, mas não sobre os modelos cognitivos de fato”, opinou a professora.

Galáxia “empenada”

E no destaque internacional deste episódio, o tema é a astronomia. Um estudo recente publicado na revista Nature Astronomy revelou que as bordas da Via Láctea têm uma deformação que as faz parecerem “empenadas”. Isso ocorre na região da nossa galáxia onde a força gravitacional é menor. No mapa 3D abaixo, elaborado no estudo, dá para visualizar:

Ficha técnica
Apresentação: Silvana Salles
Produção: Silvana Salles e Marcus De Rosa
Redação: Luiza Caires e Silvana Salles
Edição de som: Rafael Simões
Consultoria científica: João Victor Cabral Costa (IQ-USP) e Raphael Augusto Pereira de Oliveira  (IAG-USP)
Vinheta: Cido Tavares e Míriam Ramos


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