Medicamento de epilepsia na gravidez pode ter efeito reduzido

Mulheres grávidas que tenham epilepsia devem ser seguidas durante a gravidez por um neurologista

 11/12/2018 - Publicado há 5 anos

 

 

Nesta semana, o professor Octávio Pontes Neto fala sobre os medicamentos antiepilépticos que podem ter efeitos reduzidos na gravidez: “As células nervosas de nosso cérebro estão constantemente conversando entre si e essa comunicação acontece através de impulsos elétricos ou de substâncias químicas chamadas de neurotransmissores. De certa forma, o cérebro funciona como uma orquestra, composta de músicos que tocam cada um seu instrumento, mas, para tocar uma peça musical mais completa, precisam escutar uns ao outros e tocar a mesma partitura com ritmo e cadência.”    

O professor explica o que muda no tratamento da epilepsia durante a gravidez. “Um estudo publicado recentemente na revista Neurology envolveu 44 mulheres com epilepsia e que engravidaram. Os pesquisadores observaram que houve redução do nível sérico de antiepiléticos em torno de 65%, já no primeiro trimestre da gravidez. Isso aconteceu provavelmente por um aumento na atividade metabólica do fígado e do rim, que são as vias mais frequentes de eliminação das drogas antiepilépticas do sangue.”  

O professor finaliza alertando que as mulheres grávidas que tenham epilepsia devem ser seguidas, durante a gravidez, por um neurologista, e que os níveis séricos de antiepiléticos devem ser avaliados periodicamente.

Ouça acima, na íntegra, o comentário do professor Octávio Pontes Neto.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.