No dia 1º de fevereiro, o STF manteve a decisão que proíbe a venda de cigarros com sabor ou aroma em todo o País. A resolução levantou novamente o debate sobre o assunto. Jaqueline Scholz Issa, cardiologista e coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do InCor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, conta que esses aspectos servem de atrativo principalmente para os jovens, facilitando o primeiro contato com o produto. Dificultar o acesso ao fumo nessa faixa etária é um passo importante na luta contra o tabagismo. O Brasil já é o país com maior redução de usuários no mundo.
A especialista explica que a contrapropaganda atrás dos maços, por exemplo, também é uma atitude para afastar os jovens. As imagens impactantes acabam gerando aversão nos mais novos, evitando o primeiro contato com o produto. Jaqueline alerta ainda que, uma vez adquirido o vício, o controle deve ser para toda a vida. Os tratamentos são longos e difíceis, e mesmo se o paciente conseguir ficar anos sem fumar, basta uma tragada para os receptores de nicotina voltarem a funcionar. Por isso, é importante ter em mente que qualquer recaída pode estragar anos de esforço para superar a dependência.
O Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.
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