A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem inter e multidisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação que busca o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com limitações ou com necessidades especiais. O Grupo de Equoterapia da USP em Piracicaba completa 15 anos de existência em 1º de agosto.
Para comemorar a data, no dia 15 de julho, a coordenação do projeto, gerenciado pelo Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Piracicaba, instalou a pedra fundamental de um jardim sensorial para prestar mais um atendimento às crianças e adolescentes matriculados na Equoterapia.
A instalação da pedra fundamental, neste caso, representada pela plantação de um ipê roxo no espaço reservado, deve-se a uma parceria com o Departamento de Produção Vegetal, que lá construirá o jardim para que os assistidos possam aferir, avaliar e apreciar os aromas, texturas e sons peculiares da natureza.
A secretária do projeto, Sônia Maria Delfini, comentou a importância da criação do jardim sensorial. “Desde o dia em que a Equoterapia se instalou na Esalq, era um sonho nosso a construção do jardim sensorial. Buscamos várias parcerias, dentro e fora da unidade. Nessa época, a professora Cláudia Fabrino Machado Mattiuz assumiu o setor de flores no Departamento de Produção Vegetal, e foi quem realmente confirmou uma parceria concreta. Atendemos muitas crianças portadoras de necessidades especiais auditivas, visuais e motoras que trabalham muito com a parte sensorial, então queríamos montar um lugar onde eles, mesmos cadeirantes e cegos, pudessem passar e apreciar cheiro, textura e sons, e esse sonho só foi concretizado agora com a parceria da professora Claudia”, finalizou Sônia.
A professora falou da satisfação de instalar um jardim sensorial e da importância dessa atividade dos humanos com as plantas, que é chamada de Hortiterapia. “O objetivo do plantio do ipê roxo como pedra fundamental é que encerramos uma parte do projeto, que é a delimitação da área interna dos canteiros e levantamento topográfico. Agora, começaremos uma segunda etapa para definição de espécies, orçamento, piso e outros. Existem vários trabalhos que relatam que a Hortiterapia, ou terapia associada a estar num jardim, não só ajuda no tratamento de distúrbios psiquiátricos, mas também em muitas outras condições médicas”, concluiu Cláudia.
A professora explicou ainda o motivo da escolha da plantação do ipê roxo simbolizando a pedra fundamental do jardim. “Escolhemos o ipê roxo porque coincidentemente, assim que terminamos a primeira parte do projeto, ele estava florido aqui na cidade de Piracicaba e na Esalq. O Ipê roxo é uma árvore nativa, e é justamente para termos um marco do projeto”.
Caio Nogueira/Assessoria de Comunicação da Esalq