Atendimento em ortodontia na USP contribui para a formação de alunos

Em 2016, Faculdade de Odontologia, em São Paulo, atendeu 448 pessoas nessa especialidade

 04/12/2017 - Publicado há 6 anos
Alunos de graduação e pós-graduação estão envolvidos no serviço de ortodontia oferecido pela FO – Foto: HRAC/USP

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A disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia (FO) da USP presta atendimento à comunidade por meio de tratamentos preventivos e corretivos. Segundo a coordenadora do serviço, professora Solange Mongeli de Fantini, a demanda é bastante variada. Muitos vêm em busca de melhoria na estética facial e dentária, enquanto outros têm queixas mais funcionais, como mordida profunda ou dentes muito para frente.

O tratamento envolve o curso de graduação e sete cursos do programa de atualização da unidade. Em 2016, foram realizados 2.087 atendimentos para 448 pessoas.

Os pacientes com casos complexos são selecionados de acordo com os estudos em elaboração pela área e, ao serem aceitos, devem providenciar uma documentação ortodôntica para diagnóstico e planejamento dos cuidados.

Já os quadros de menor dificuldade são atendidos pelos graduandos do último ano, que oferecem suporte, uma vez por mês, a crianças de 7 a 10 anos, sob a orientação dos professores e o apoio dos pós-graduandos e estagiários. Nesta faixa etária, a maioria dos casos é referente à mordida cruzada ou aberta, perda precoce de dentes, espaços extras na carga dentária e maus hábitos bucais. Além disso, os aparelhos aplicados são sempre removíveis.

Ortodontia x distúrbio do sono

Pacientes buscam melhorar estética facial e dentária e também correção de problemas como mordida profunda ou dentes muito para frente – Foto: Caio Nascimento/FO-USP

Um tratamento executado corretamente pode contribuir para a longevidade dos indivíduos, como no caso do distúrbio do sono, conhecido como apneia obstrutiva. O problema pode gerar complicações cardiovasculares e pulmonares se não for corrigido.

De acordo com Solange, algumas condições anatômicas da face podem contribuir para essa síndrome, tornando-se necessário o uso de aparelhos intraorais (AIO) indicados por ortodontistas e utilizados durante o sono. Eles promovem o avanço da mandíbula, da base da língua e dos tecidos faringeanos, aumentando as dimensões das vias áreas superiores para favorecer a passagem do fluxo de ar. “Os efeitos dessa doença aparecem mais tarde na vida, e cabe ao ortodontista identificá-los com antecedência e tratá-los”, afirma.

Tecnologia

De acordo com a coordenadora do serviço, a Ortodontia tem demonstrado um desenvolvimento acelerado na análise dos diagnósticos com o advento do tomógrafo odontológico computadorizado. O equipamento é utilizado tanto em pesquisas quanto nas clínicas e está instalado no Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (Cape). Além disso, a moderna técnica de mini-implantes, empregadas nos tratamentos ortodônticos, possui menos efeitos colaterais sobre a arcada dentária e promove, segundo a docente, maior harmonia facial e menor necessidade de extrações dentárias.

O serviço conta, também, com programas de cefalometria (medição das estruturas do crânio e da face), que ajudam no planejamento dos casos e armazenam documentações usadas como banco de dados para pesquisas.

Funcionamento

As sete clínicas dos cursos de especialização em Ortodontia funcionam semanalmente e as da graduação, uma vez por mês. Desse modo, o paciente só fica sabendo o horário do atendimento ao ser direcionado após a análise do seu diagnóstico. Para obter mais informações, basta entrar em contato com o Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da FO pelos telefones (11) 3091-7812 ou (11) 3091-7892.

Caio Nascimento / Assessoria de Imprensa da FO


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