Laboratório da USP faz análise de lesões bucais para todo o Brasil

Localizado na Faculdade de Odontologia, em São Paulo, local recebe cerca de cem biópsias por semana

 18/12/2017 - Publicado há 6 anos
Laboratório conta com equipamentos que agilizam o processo de finalização dos diagnósticos – Foto: Caio Nascimento/FO

Ligado à Faculdade de Odontologia (FO) da USP, em São Paulo, o Serviço de Patologia Oral e Maxilofacial é responsável por analisar doenças da região da cabeça e do pescoço de pacientes das mais variadas unidades de saúde. O atendimento é ultraespecializado e, por isso, recebe casos de todo o País, explica a coordenadora do serviço, professora Suzana Cantanhede Orsini Machado de Sousa.

O laboratório é localizado no Departamento de Estomatologia da faculdade e recebe cerca de cem biópsias por semana, a fim de dar suporte aos hospitais públicos que não possuem infraestrutura odontológica para a análise de lesões bucais.

Os serviços são realizados com equipamentos de ponta adquiridos, em suas maioria, por meio de projetos de pesquisa desenvolvidos em parceria com as agências de fomento. “Temos um laboratório que permite a realização de técnicas de biologia molecular, quando necessárias ao diagnóstico”, afirma a professora.

À exceção das situações que requerem maior tempo, os examinadores costumam liberar os resultados em até 48 horas. Suzana credita essa eficiência à equipe de cirurgiões-dentistas que compõe o serviço. “Os patologistas docentes e alunos de pós-graduação e pós-doutorado são altamente especializados e estão sempre em busca de novos conhecimentos através de cursos, estágios e também pelo desenvolvimento de investigações científicas que proveem mais conhecimento”, conta.

A proximidade com o meio acadêmico, ressaltada pela coordenadora, permite o desenvolvimento de estudos em prol dos pacientes. Em março deste ano, por exemplo, o Serviço de Patologia Oral e Maxilofacial recebeu a biópsia de um tumor proveniente da mandíbula de uma criança. O caso ficou arquivado no laboratório, enquanto o grupo de pesquisadores buscava maneiras de solucioná-lo.

Assim, após estudos moleculares realizados por alunos e docentes, foi feito um diagnóstico final que permitiu o tratamento adequado. “Por pertencermos à academia, temos uma possibilidade maior de estudar intensamente e discutir evidências com outros patologistas no Brasil e no mundo”, afirma a professora Suzana.

Caio Nascimento/ Assessoria de Imprensa da FO


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