Estudantes criam game com drone que percorre o corpo humano

O objetivo é mostrar os sintomas das doenças e como preveni-las; o projeto de alunos da USP em Ribeirão Preto foi premiado no Hacking Health

 18/11/2016 - Publicado há 7 anos
Premiação do Game Drone - Foto: Matheus Bigatão Martinelli
Equipe da USP em Ribeirão Preto durante premiação no Hacking Health  – Foto: Matheus Bigatão Martinelli

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Quem gosta de jogos eletrônicos está familiarizado com histórias de naves percorrendo o Universo para combater inimigos. Só que no lugar da nave, imagine um drone em tamanho nanométrico capaz de percorrer o corpo humano. E o inimigo, neste caso, são bactérias e vírus causadores de doenças. Essa é a ideia de um game desenvolvido por estudantes da USP em Ribeirão Preto considerada a mais criativa durante o Hacking Health Ribeirão Preto, realizado de 21 a 23 de outubro.

O Hacking Health foi uma maratona que buscava soluções tecnológicas na área de saúde. O grupo da USP em Ribeirão Preto participou do desafio e criou o NanoDrone Medical, um jogo para tablet e celular, no qual o jogador controla um drone – veículo aéreo não tripulado – que entra no corpo de um paciente para combater as bactérias ou vírus e prevenir doenças, como sepse, dengue, pneumonia, infarto ou acidente vascular cerebral.

Conforme o jogador perde, são apresentados os sintomas mais sérios da doença e, no fim de cada fase, mostra as formas de prevenção da doença combatida. “Será um dos primeiros jogos em que a jogatina ocorre dentro do corpo humano”, afirma Matheus Bigatão Martinelli, um dos integrantes da equipe e estudante do curso de Física Médica da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

Segundo Martinelli, o jogo será uma maneira divertida dos jovens se conscientizarem sobre as doenças e ainda conhecerem a parte interna do corpo humano. “A ideia surgiu por conta da falta de conhecimento que muitas pessoas têm sobre as doenças, causando um maior número de mortes por causa do diagnóstico tardio.”  O jogo ainda está em desenvolvimento e a previsão é que o lançamento ocorra em 2017 ou 2018. “O nosso foi um dos três projetos com promessa de apoio de um grande grupo empresarial na área da saúde em Ribeirão Preto. Estamos aguardando o contato.”

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Apresentação do Game Drone – Foto: Matheus Bigatão Martinelli

Além do futuro físico médico, também participaram do projeto os designers de games Luiz Henrique Vallim e Yuri Issicaba, o pós-graduando Alexandre Kanashiro, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, e Bruna Moreno Dias, estudante da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.

De acordo com Martinelli, existem alguns jogos que também buscam educar os jogadores, porém a maioria deles não tem qualidade, se tornando jogos pouco atrativos. “Nós priorizaremos a qualidade e a diversão para que o jogo tenha um maior impacto já no lançamento”, conta.

Premiação

Matheus Bigatão Martinelli – Foto: Divulgação

Os alunos da USP de Ribeirão conquistaram o prêmio de projeto mais criativo no Hacking Health Ribeirão PretoHackathonum movimento mundial sem fins lucrativos que estimula a inovação na área da saúde, por meio da união de profissionais da tecnologia e saúde.

No evento, os projetos são desenvolvidos durante um fim de semana e os grupos recebem mentoria de especialistas para que os participantes possam melhorá-los. E no último dia, uma banca avaliadora julga os melhores projetos, que serão premiados. “O melhor prêmio foi ver que o nosso projeto ganhou de vários outros feitos por pessoas mais velhas e com mais experiência do que nós. O nosso grupo era um dos menores e também éramos os mais jovens”, comemora Martinelli.

O estudante de Física Médica conversou com a jornalista Gabriela Vilas Boas na Rádio USP em Ribeirão Preto. Confira a entrevista apresentada por Ferraz Júnior:

Logo da Rádio USP

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Mais informações: email matheus.martinelli@usp.br

Gabriela Vilas Boas, com informações do site eventbrite.com.br


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