Tratados musicais trazem informações para além das músicas do século 16

Estudo que vem sendo realizado no Departamento de Música da ECA examinou tratados musicais de obras da época renascentista

 13/04/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 02/05/2018 as 10:02
Por

jorusp

O quadro Os Novos Cientistas recebe o músico e pesquisador Delphim Rezende Porto que, desde 2011, vem estudando em seu doutorado pelo Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, os tratados musicais publicados em língua vernácula — antes esse tipo de escrito era sempre redigido em latim e dirigido a um público muito reduzido de eruditos — do século 16, na Itália.

A pesquisa Preceptivas Musicais e Humanistas na Tratadistica Quinhentista – Um estudo das representações retóricas do exercício musical do Renascimento Italiano é inédita porque aborda questões como o papel do músico na sociedade cortesã e também o estatuto da própria música naquele período.

Os tratados possibilitam examinar as relações musicais e sociais da época e retóricas que estão escritas “por extenso”. Além de compor suas músicas, os artistas também escreviam seus “tratados”, alguns de menor e outros de maior porte. Para seu estudo, Delphim traduziu um tratado completo de cerca de 400 páginas, do italiano Girólamo Diruta (1554-1610), do século 16, sobre a execução do órgão. “É interessante saber o que esses músicos tinham a dizer”, afirma o pesquisador.

Ouça acima o podcast com a entrevista na íntegra.

 

 

 


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