USP na 6ª Olimpíada Brasileira de Matemática da Escola Pública

A pró-reitora de Cultura e Extensão, Maria Arminda do Nascimento Arruda, discursa na cerimônia de entrega das medalhas No dia 11 de junho, foi realizada

 15/06/2011 - Publicado há 13 anos
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A pró-reitora de Cultura e Extensão, Maria Arminda do Nascimento Arruda, discursa na cerimônia de entrega das medalhas

No dia 11 de junho, foi realizada a cerimônia regional de entrega das medalhas e menções honrosas aos alunos do Estado de São Paulo premiados na 6ª Olimpíada Brasileira de Matemática da Escola Pública (OBMEP) de 2010. Na ocasião, estiveram presentes a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Arminda do Nascimento Arruda, e o diretor do Instituto de Matemática e Estatística (IME), Flávio Ulhoa Coelho.

O evento foi promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministério da Educação, em parceria com a comunidade matemática representada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), no Auditório Simon Bolivar do Memorial da América Latina.

A OBMEP é um projeto que tem como objetivo estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área. A primeira edição da OBMEP ocorreu em 2005 e contou com a participação de 10,5 milhões de alunos de mais de 31 mil escolas públicas de todo o País, atingindo a significativa marca de participação de 93,5% dos municípios brasileiros. Em 2010, foram mais de 19 milhões de alunos inscritos, provenientes de 44.717 escolas públicas, representando 99,16% dos municípios. Segundo a OBMEP, os números de participantes na competição fazem dela a maior Olimpíada de Matemática do mundo.

O diretor do IME, Flávio Ulhoa Coelho, parabeniza aluno participante da 6ª Olimpíada Brasileira de Matemática da Escola Pública

Importância

No artigo publicado no Jornal da USP – Olimpíada de números, edição de 6 a 12 de junho, o diretor do IME, Flávio Ulhoa Coelho, escreveu sobre a importância das Olimpíadas. “A OBMEP visa, principalmente, a interferir positivamente no preocupante quadro em que se encontra o ensino da matemática nas escolas públicas, buscando um contínuo aperfeiçoamento. Acreditamos que o principal papel a ser exercido por essa olimpíada é o de auxiliar na formação de adultos com conhecimentos matemáticos, mesmo básicos, suficientes para o pleno exercício da cidadania. Um país em crescimento como o Brasil necessita tanto de alunos com potencial para se destacar em matemática quanto daqueles que aprendam, sem traumas, que essa disciplina é essencial em seu cotidiano”. afirma.

O diretor do IME também ressaltou que o projeto das Olimpíadas não restringe às provas e premiações e envolve dois outros programas de igual sucesso, os quais o IME, além de sediar a Coordenação Regional da OBMEP, também está diretamente envolvido.

O primeiro desses programas é o Projeto de Apoio para Melhoria do Ensino de Matemática nas Escolas Públicas e consiste na preparação dos alunos de escolas da região para a segunda fase da OBMEP.

Iniciado em 2008, tem sido apoiado, desde o início e de maneira significativa, pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), tendo recebido mais recentemente também o importante apoio da Pró-Reitoria de Graduação. Recebe também forte apoio da Sociedade Brasileira de Matemática e da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Neste projeto do IME, são três professores para cada turma de alunos: um ou dois professores de cada escola selecionada, e os demais são docentes do IME

Esta preparação consiste em encontros semanais, realizados aos sábados, nas dependências do IME, onde os alunos das escolas parceiras são distribuídos em turmas de 20 a 30, de acordo com a idade. Participam também os professores desses alunos em interação com docentes e discentes (atuando como monitores) do IME. Os alunos das escolas parceiras têm o transporte custeado pelo projeto, além de receberem um lanche. Os professores dessas escolas públicas recebem uma diária para viabilizar suas participações nos encontros. “É um projeto visivelmente bem-sucedido”, destaca Coelho. Para saber mais sobre o Projeto de Apoio para Melhoria do Ensino de Matemática nas Escolas Públicas realizado no IME, acesse o artigo com relato das atividades publicado na Revista Cultura e Extensão da PRCEU.

O segundo programa consiste na concessão de bolsas de iniciação científica e até de mestrado aos medalhistas premiados nas Olimpíadas, quando estiverem cursando a graduação ou a pós-graduação, por meio do programa chamado PICME, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Segundo Coelho, também nesse programa, o IME tem tido uma participação expressiva como um dos polos receptores de alunos. Coordenado nacionalmente pelo Impa no Rio de Janeiro, esse programa atende atualmente 550 alunos de iniciação científica e 20 de mestrado no País todo. No IME, participam do programa 52 alunos de variados cursos e universidades que são orientados, individualmente ou em grupos, pelos docentes do Instituto.

Mais informações sobre as Olimpíadas no site da OBMEP.

(Fotos: Ernani Coimbra e IME)


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