USP é a melhor da América Latina em dois novos rankings

No Nature Index Global, a USP é a instituição latino-americana melhor classificada. Já no THE Latin American Universities, a Universidade lidera.

 30/05/2016 - Publicado há 8 anos
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No Nature Index Global, a USP é a instituição latino-americana melhor classificada. Já no THE Latin American Universities, a Universidade lidera.

A USP ficou na 259ª posição no Nature Index Global 2016ranking que avalia a produção científica de universidades e instituições de pesquisa – e é a instituição latino-americana melhor colocada nessa classificação.

Essa é a melhor colocação alcançada pela Universidade, que, em 2015, ficou na 270ª posição; em 2014, na 266ª; e em 2013, primeiro ano do ranking, na 295ª. “O desempenho da USP no Nature Index Global vem melhorando, mas ainda não reflete o potencial da Universidade e do país. Este indicador, como qualquer outro, tem limitações, mas sua grande virtude é salientar o potencial de publicações nas melhores revistas da área, e isso é interessante”, afirma o pró-reitor de Pesquisa, José Eduardo Krieger.

A Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) foi a segunda instituição brasileira a figurar na lista, ocupando a 436ª posição.

Estados Unidos, China, Alemanha, Reino Unido e Japão foram os países que mais contribuíram para o desenvolvimento científico em 2015. O Brasil ficou no 24º lugar, à frente de países como Finlândia, Noruega, Portugal e Irlanda, além de ser o país latino-americano melhor classificado.

Publicado pela Revista Nature, o ranking analisa a quantidade de artigos publicados em 68 revistas de grande impacto e a participação de pesquisadores em projetos científicos internacionais. Na edição deste ano, divulgada no final de abril, o ranking considerou as publicações lançadas em 2015 em quatro diferentes áreas: física, química, ciências biológicas, ciências da terra e meio ambiente.

Segundo o pró-reitor de Pesquisa, “as estratégias da Universidade para melhorar o desempenho dos docentes nas melhores revistas envolvem organizar pesquisadores de várias expertises em torno de temas mais relevantes, melhorar a infraestrutura de pesquisa, criar condições para que o docente não se perca em atividades-meio e foque nas atividades-fim e, cada vez mais, incorporar indicadores de qualidade, em detrimento dos quantitativos, para avaliação de desempenho para premiação e progressão na carreira”.

“Vários dos indicadores que alavancaram o enorme progresso na produção científica brasileira e na formação de doutores nos últimos 30 anos, fazendo com que a contribuição relativa do país aumentasse de 0,4% da produção global para mais de 2,5%, devem ser revistos. O equilíbrio entre quantidade e qualidade precisa privilegiar esta última, e o esforço na formação de mestres e doutores nas poucas universidades de pesquisa brasileiras, como a USP, precisa privilegiar um maior número de pós-doutorados por docentes. Há vários anos a USP treina um mestre ou doutor por ano e, apesar de ter aumentado muito o número de pós-doutores em seus laboratórios nos últimos anos, eles representam apenas uma razão de 0,3 por docentes. Em outros países, as universidades de pesquisa, maiores responsáveis pela produção de novos conhecimentos, possuem relação pós-doutores por docentes cerca de 10 vezes maior que a da USP”, explica Krieger.

THE Latin America Universities

A USP também foi considerada a melhor universidade da América Latina pelo ranking THE Latin America Universities, divulgado no dia 26 de maio. É a primeira vez que a consultoria britânica de educação superior Times Higher Education (THE) elabora uma lista com as melhores universidades da América Latina.

Das dez primeiras instituições classificadas, cinco são brasileiras. Além da USP, figuram na lista a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 3ª posição; a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 5ª; a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na 6ª; e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na 9ª posição.

Já no THE World Reputation Ranking 2016, divulgado pela consultoria no dia 4 de maio, a USP é a única instituição latino-americana classificada entre as 100 universidades com melhor reputação acadêmica do mundo.


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