USP assina termo com SSP para implantação do policiamento comunitário

O documento prevê também o treinamento e aperfeiçoamento da atividade funcional dos integrantes da Guarda Universitária e a criação do Conselho Comunitário de Segurança.

 08/09/2015 - Publicado há 9 anos
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O reitor Marco Antonio Zago (à esquerda) e o secretário Alexandre de Moraes, na assinatura do termo de cooperação

Foi assinado, no dia 8 de setembro, o termo de cooperação entre a USP e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) que visa à implantação do policiamento comunitário na Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, em São Paulo.

O documento prevê também o treinamento e aperfeiçoamento da atividade funcional dos integrantes da Guarda Universitária e a criação do Conselho Comunitário de Segurança.

A implantação do policiamento comunitário, a partir do dia 9 de setembro, será feita por meio do sistema japonês koban, que se caracteriza por ser um modelo que prioriza a fixação dos mesmos policiais militares na região do campus, possibilitando a familiarização entre eles e a comunidade local, de forma a construir um vínculo de colaboração e confiança.

A base comunitária de segurança será instalada na Praça do Relógio. O contingente inicial deverá ser de 34 policiais, mas será ampliado para 42 nas próximas semanas, quando será concluída a preparação dos agentes. Os policiais terão perfil próximo ao dos estudantes, com formação universitária e até 26 anos de idade, e usarão um colete distintivo, com os logotipos da Polícia Militar e da Universidade.

Pelo modelo proposto, os policiais têm como foco o combate aos crimes praticados contra alunos, professores e funcionários. Problemas disciplinares e a vigilância patrimonial de rotina estão a cargo do corpo de seguranças da USP.

“Esse é um passo significativo para aumentar, em primeiro lugar, a segurança das pessoas que aqui transitam e, em segundo lugar, para expressar a confiança que a USP deposita na democracia instalada no país, que tem instrumentos suficientes para garantir o respeito aos direitos humanos, elemento fundamental da vida em sociedade”, destacou o reitor Marco Antonio Zago, em coletiva concedida à imprensa logo após a assinatura do termo.

O reitor enfatizou que as discussões sobre o modelo, entre a USP e a Secretaria, com participação da Comissão de Direitos Humanos da Universidade, tiveram início em janeiro deste ano.

O secretário Estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou  que “o modelo é inovador, moderno e diferenciado”. O secretário, que também é docente da Faculdade de Direito, lembrou que sua vida acadêmica teve início na USP em 1986.

Treinamento e Conselho de Segurança

O termo assinado entre a USP e a SSP prevê a realização de cursos de aperfeiçoamento para a capacitação da Guarda Universitária. Os cursos serão ministrados pela polícia civil e militar, com conteúdo programático na área de segurança pública para garantir uma atuação mais integrada da Guarda com os demais setores responsáveis pela segurança da população.

Além disso, será criado, em até trinta dias, o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) dentro da Cidade Universitária. O grupo será formado por representantes das polícias civil e militar, professores, funcionários e alunos. Serão feitas reuniões mensais, abertas à comunidade acadêmica, para que haja maior interlocução entre as partes envolvidas, além da possibilidade de dialogar e aperfeiçoar a atuação no campus.

Aliado ao modelo de policiamento comunitário, desde o final do ano passado, o campus conta com um novo sistema de iluminação, que ampliou de 3,2 para 7 mil os pontos de iluminação. Também está em fase de licitação o sistema de monitoramento das áreas comuns do campus, com a instalação de mais de 450 câmeras.

Segundo o superintendente de Prevenção e Proteção Universitária, José Antonio Visintin, a licitação será feita em cinco etapas e a previsão é que, até o final de 2016, uma parte das câmeras já esteja instalada.

Alta hospitalar

O estudante Alexandre Simão Oliveira Cardoso, de 28 anos, aluno do quarto ano do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), baleado no dia 1º setembro, após uma tentativa de assalto no campus, teve alta do Hospital Universitário no último domingo, dia 6 de setembro.

(Foto: Ernani Coimbra)


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