Pró-Reitoria de Graduação apresenta resultados do processo seletivo 2016

Em 2016, além da seleção pela Fuvest, a USP destinou vagas ao Sistema de Seleção Unificado (SiSU)

 25/05/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 30/05/2017 as 15:56
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“Em 40 anos, é a primeira vez que a Universidade faz uma grande alteração no seu processo de ingresso”, afirmou o pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes

A Pró-Reitoria de Graduação apresentou nesta quarta-feira, dia 25 de maio, os dados estatísticos referentes ao processo seletivo para o ingresso de novos alunos na USP em 2016 – que, além da seleção realizada pelo vestibular da Fuvest, também destinou vagas ao Sistema de Seleção Unificado (SiSU).

Ao todo, foram oferecidas 11.057 vagas, sendo 9.568 (86,5%) destinadas a seleção pela Fuvest e 1.489 vagas (13,5%) pelo SiSU. Desse total, 10.885 estudantes foram matriculados, o que representa um preenchimento de 98,4% das vagas oferecidas.

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O pró-reitor avalia como positiva a adesão parcial da USP ao SiSU e sinaliza que os problemas operacionais deverão ser resolvidos já para o próximo vestibular

Dos 10.885 estudantes matriculados, 3.767 (34,6%) são oriundos do ensino médio de escolas públicas e desses estudantes, 1.089 (28,9%) se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas (PPI). Esses números representam uma ligeira queda em relação a 2015, quando 3.847 (35,1%) estudantes vieram de escolas públicas e, destes, 1.232 (32%) se autodeclararam PPI.

Para o pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes, “o não preenchimento de todas as vagas destinadas ao SiSU comprometeu o resultado total de ingressantes de escolas públicas no ano de 2016, em comparação a 2015. Se todas as vagas tivessem sido ocupadas, a USP teria alcançado, dentre todos os matriculados, pelo menos 39% de estudantes oriundos de escolas públicas”.

Sistema de Seleção Unificado

O vestibular de 2016 adotou, pela primeira vez, o Sistema de Seleção Unificado (SiSU) para preencher parte de suas vagas. Neste primeiro ano, 32 das 42 Unidades de Ensino e Pesquisa aderiram ao sistema, oferecendo vagas em 105 cursos, o que representa 58% dos cursos da Universidade.

Das 1.489 vagas destinadas ao SiSU, 814 (55%) foram preenchidas. Segundo o pró-reitor, fatores operacionais contribuíram para esse resultado. “Um fator preponderante foi o dos critérios mínimos estabelecidos para os candidatos. Em vez de definirem uma nota média mínima no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), muitos cursos definiram uma nota mínima exigida para cada uma das provas, bem como os pesos atribuídos a cada uma delas. Foi aí que aconteceu o descompasso”, explicou.

Outro fator apontado por Hernandes foi o pequeno número de chamadas dos candidatos para matrícula (foram realizadas quatro chamadas) e o curto intervalo de tempo entre as chamadas. As 675 vagas remanescentes do SiSU foram encaminhadas à Fuvest.

Analisando as notas dos aprovados, os ingressantes do SiSU obtiveram uma média geral de 716 pontos (de um total de 1000 possíveis) e as notas em todas as provas do Enem foram acima de 500.

Perfil

Em relação ao perfil dos estudantes que ingressaram pelo SiSU, observa-se que 567 (70%) são alunos que cursaram o ensino médio exclusivamente em escolas públicas, 163 (20%) são alunos matriculados na categoria denominada ampla concorrência e 84 (10%) são alunos oriundos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI).

Um dado que chamou a atenção é que, dos ingressantes por meio do SiSU, 15% são oriundos de outros Estados do país, percentual acima da média registrada nos últimos vestibulares da Fuvest, que é de 11%. “Um dos nossos principais objetivos era justamente aumentar a presença de alunos de outros Estados. E isso foi alcançado, sinalizando que esse é o caminho para a USP deixar de ser uma Universidade apenas do Estado de São Paulo para ser a Universidade do Brasil, dando oportunidade a todos os estudantes do país”.

Hernandes explica que, “em 40 anos, é a primeira vez que a Universidade faz uma grande alteração no seu processo de ingresso, o que já é um bom avanço. Para o vestibular de 2017, devemos corrigir os problemas operacionais que ocorreram e esperamos elevar o percentual de ingresso de alunos de escolas públicas. A USP é grande e heterogênea e as Unidades têm a responsabilidade de contribuir para atingir a meta. Se o vestibular de 2017 não apresentar um grande avanço nesse sentido, será inevitável ampliar a discussão sobre outras ações que deverão ser implantadas para cumprir a meta de ter 50% dos alunos ingressantes oriundos de escolas públicas até 2018”, concluiu o pró-reitor.

(Foto: Ernani Coimbra)


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