Plateia lotada, discursos e choro na posse do novo diretor da Escola Politécnica

 18/03/2010 - Publicado há 14 anos
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Em cerimônia concorrida, que lotou o Espaço de Eventos da Unidade, o novo diretor da Escola Politécnica (EP), José Roberto Cardoso, tomou posse no último dia 15 de março. O evento reuniu autoridades, professores, funcionários e dirigentes da Universidade e teve início com a entrada solene dos membros da Congregação, conduzindo o novo diretor, ao som dos trompetes dos músicos Ivan Foelkel e Wellington de Carvalho, da Orquestra de Câmara da USP. 

Observados pelo reitor João Grandino Rodas, o professor Ivan Gilberto Sandoval Falleiros (à dir.) cumprimenta o novo diretor da Escola, José Roberto Cardoso, após a transmissão das vestes talares

Em seguida, foi feita a leitura do termo de compromisso pelo novo dirigente, e a leitura do termo de posse, pelo secretário geral da Universidade, Rubens Beçak. O professor Ivan Gilberto Sandoval Falleiros, antecessor de Cardoso, fez a transmissão das vestes talares, empossando oficialmente o novo dirigente.

Em seu discurso, Cardoso, que era vice-reitor da EP, enumerou aqueles que considera os principais desafios de sua gestão. “Em 2008, o Brasil publicou mais de 16 mil artigos científicos nas mais conceituadas revistas internacionais. Desse total, 15% se referem à área de Engenharia. Mas, isso não se refletiu em desenvolvimento tecnológico, visto o baixo número de patentes registradas. A engenharia, responsável direta pelo desenvolvimento do país, parece não estar cumprindo o seu papel”, afirmou. “A Escola precisa repensar a sua estrutura curricular. Vamos formar um engenheiro com liderança, empreendedor, que saiba trabalhar em equipe”, completou.

Segundo o novo diretor, serão feitos investimentos na infraestrutura da Instituição, para a recuperação de laboratórios e para dar continuidade à recuperação de prédios, principalmente aqueles mais antigos.

Janus

O reitor João Grandino Rodas deu início a seu discurso comparando a Poli ao deus Janus, representado na mitologia romana por uma figura com duas faces, retratando o passado e o futuro. “Assim vejo a Escola Politécnica, uma escola centenária, com tradição e com um lugar especial na Universidade”, comparou.

Rodas também equiparou a Escola a uma "universidade dentro da Cidade Universitária". Para o reitor, a escassez de profissionais em certas áreas de engenharia e a modernização permanente dos currículos dos cursos são duas das necessidades prementes da Escola.

Ao final de sua fala, o reitor propôs um desafio à EP, que, segundo ele, “ajudou grandemente a fazer com que tivéssemos uma Escola de Engenharia na cidade de São Carlos”, para que empreenda esforços para a afirmação da USP, através da Escola de Engenharia de Lorena, “em um local extraordinariamente tradicional do Estado”. 

O encerramento da cerimônia foi marcado pela apresentação do Grupo de Choro (foto), formado pelos alunos da Escola de Comunicações e Artes (ECA): Cibele Palopoli, na flauta; Giovanni Matarazzo, no violão; Guilherme Sparrapan, no violão de sete cordas; e João Sideles, no pandeiro, que apresentou músicas de Jacob do Bandolim e Pixinguinha.

Clique aqui para assistir ao vídeo da cerimônia, gravado pela IPTV-USP.

Fotos: Ernani Coimbra


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