Pesquisadores da USP coordenam 36 INCTs aprovados pelo CNPq

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou a lista de 252 propostas de pesquisa que receberam recomendação de financiamento, dos quais 36 são de pesquisadores da USP.

 20/05/2016 - Publicado há 8 anos
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Das 252 propostas que receberam a indicação de financiamento pelo CPNq, 36 são de Institutos coordenados por pesquisadores da Universidade

Laboratório da Esalq coordenado pelo professor José Roberto Postali Parra, cuja proposta recebeu a terceira melhor avaliação do CNPq

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou, no último dia 11 de maio, a lista de 252 propostas de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) que receberam recomendação de financiamento. Desse total, 36 são de INCTs coordenados por pesquisadores da Universidade.

“O fato de a USP participar diretamente da coordenação de um número expressivo de INCTs, e ter pesquisadores associados em um número maior ainda, mostra que os nossos docentes estão respondendo ao desafio de aumentar a qualidade e a excelência das nossas ações, o que caracteriza uma universidade de pesquisa, que é cara, mas necessária à sociedade”, destaca o pró-reitor de Pesquisa da USP, José Eduardo Krieger.

Lançada pelo CNPq, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) dos Estados, a chamada prevê investimento de R$ 641,7 milhões em projetos de pesquisa de alto impacto científico em áreas estratégicas ou que desenvolvam soluções para grandes problemas nacionais.

“Hoje, há uma tendência para estimular a organização de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento em torno de temáticas comuns, frequentemente mais complexas e relevantes para a sociedade. Este movimento tem componentes intrauniversidade – como, por exemplo, o estímulo à formação de Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAPs) da USP – e extrauniversidade – como os INCTs do CNPq e os Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fapesp, que visam aumentar a eficiência da pesquisa e alavancar projetos de maior complexidade, que exigem diferentes expertises, financiamentos vultosos e de longo prazo. Por isso, é importante que a Universidade continue favorecendo a organização de pesquisadores em torno de temáticas mais complexas e desafiadoras”, explica o pró-reitor.

Apesar da recomendação de financiamento, isso não significa que as verbas serão disponibilizadas imediatamente. De acordo com o CNPq, nos próximos dois meses será realizada a negociação com as instituições parceiras (Capes, Finep e FAPs) para o cofinanciamento das propostas recomendadas.

A lista dos INCTs que receberam a recomendação para financiamento teve classificação por mérito técnico-científico, relevância e adequação orçamentária. Segundo essa ordem, dos três primeiros colocados, dois são INCTs da USP: o primeiro será coordenado pelo pró-reitor de Pesquisa, que também é professor e pesquisador da Faculdade de Medicina (FM), e tem como tema de pesquisa a medicina assistida por computação científica. O terceiro colocado foi o INCT coordenado pelo professor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), José Roberto Postali Parra, com pesquisa na área de semiquímicos na agricultura.

“A USP é responsável por parcela significativa da produção científica nacional, cerca de 25%, mas hoje o grande desafio é aumentar a relevância dessas publicações. Essa transição passa por modificações institucionais importantes, como a busca por um reequilíbrio na formação de mestres, doutores e pós-doutores – privilegiando estes últimos; o fomento à organização de pesquisadores em torno de temáticas mais complexas; maior racionalização da infraestrutura de pesquisa disponível para os docentes; mudança nos critérios de progressão na carreira e de financiamento de pesquisa que reflitam mais aspectos qualitativos e de excelência, em detrimento daqueles puramente quantitativos”, considera Krieger.

A lista completa dos INCTs contemplados está disponível na página do CNPq.

(Foto: Gerhard Waller / ESALQ–DvComun)


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