Missão de pesquisadores atua contra epidemia do Zika vírus no Brasil

Entre os dias 22 e 25 de fevereiro, uma missão científica do Instituto Pasteur se reuniu com pesquisadores da USP e da Fiocruz, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Essa missão fez o planejamento da validação de testes diagnósticos inovadores, do desenvolvimento de vacinas e de estudos epidemiológicos e clínicos que possam explicar a epidemia de microcefalia no país.

 02/03/2016 - Publicado há 8 anos
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A missão científica de pesquisadores se reuniu no Instituto de Ciências Biomédicas da USP no dia 24 de fevereiro

Entre os dias 22 e 25 de fevereiro, uma missão científica do Instituto Pasteur de Paris reuniu-se com pesquisadores da USP e da Fiocruz, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Essa missão fez o planejamento da validação de testes diagnósticos inovadores, do desenvolvimento de vacinas e de estudos epidemiológicos e clínicos que possam explicar a epidemia de microcefalia no Brasil.

A relação entre a infecção pelo vírus Zika e as síndromes neurológicas estará no centro de estudos conjuntos sobre os efeitos do Zika no homem e especialmente nas gestantes. A implementação de modelos experimentais adequados será fundamental para o conhecimento do processo infeccioso e das patologias envolvidas. A identificação de fatores de virulência e de moléculas para as vacinas está sendo discutida entre os três parceiros, que incluem os pesquisadores do Instituto Butantan.

Uma missão de acompanhamento dessa mobilização conjunta prevê uma segunda visita ao Brasil de uma equipe da Célula de Intervenção Biológica de Urgência (CIBU) do Instituto Pasteur, nas próximas semanas.

Histórico

Pesquisadores da USP, da Fiocruz e do Instituto Pasteur, no âmbito do acordo tripartite assinado entre as Instituições, estão mobilizados, desde novembro de 2015, nos estudos sobre a infecção pelo vírus Zika, sua epidemiologia e seus efeitos na saúde. Os pesquisadores participam da Rede Zika-USP, coordenada pelo professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, Paolo Zanotto.

À semelhança do modelo de força-tarefa desenvolvido para o Ebola pelos pesquisadores do Instituto Pasteur em 2015, uma delegação composta de especialistas franceses, bem como de cientistas da USP e da Fiocruz, estabeleceram um calendário com vistas à colaboração multidisciplinar na área da pesquisa sobre o vírus Zika.

Outras duas visitas de pesquisadores da Rede Internacional de Institutos Pasteur ao Brasil foram realizadas. Os cientistas do Instituto Pasteur de Dakar estiveram na USP, em dezembro de 2015 e janeiro de 2016, para aplicar técnicas de isolamento e cultura do vírus.

A visita do Instituto Pasteur da Guiana Francesa, em janeiro de 2016, possibilitou o estudo da diversidade genética dos vírus emergentes e de projetos conjuntos sobre a vacinação, especialmente contra o Zika.

Participam desses esforços o Ministério da Saúde, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as agências de financiamento de pesquisa.

(Com informações do Serviço de Imprensa e Comunicação da Embaixada da França no Brasil / Foto: Juliane Duarte – ICB-USP)


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