Escritório USP Mulheres lança campanha “Isso tem que parar”

A campanha é resultado de uma parceria entre o Escritório, as Pró-Reitorias de Graduação e de Pós-Graduação e alunos da Escola de Comunicações e Artes (ECA)

 16/12/2016 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 29/05/2017 as 16:16
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O Escritório USP Mulheres está lançando a campanha “Isso tem que parar”. Desde o início de dezembro, pôsteres e cartões alusivos à campanha, resultado de uma parceria entre o Escritório, as Pró-Reitorias de Graduação e de Pós-Graduação e alunos do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicações e Artes (ECA), podem ser vistos nos campi e nas Unidades da USP.

Campanha USPMulheres“A ideia principal foi dar voz às mulheres como forma de mostrar que o Escritório USP Mulheres está presente na luta e quer estimular as denúncias. O slogan reforça o quanto estamos exaustas de sofrer com o machismo todos os dias. Nós sabemos que a mudança de comportamento não vai acontecer a partir de uma campanha, nem do dia para a noite, mas o objetivo principal é trazer à tona as situações machistas que sofremos dentro e fora da Universidade”, explicou a aluna Julia Cardoso Lupinacci.

Para desenvolver a ideia, os alunos contaram com a supervisão do professor da ECA, Heliodoro Teixeira Bastos Filho, conhecido como Dorinho, responsável pela disciplina “Arte Publicitária”, que há 19 anos elabora a campanha da Semana de Recepção aos Calouros, em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação. Dorinho explica que “novamente foi utilizado o conceito de all type (anúncio constituído apenas por um texto de conteúdo forte, que dispensa o reforço com imagens), a principal diferença é que, desta vez, foram incluídos depoimentos reais”.

Escritório USP Mulheres

Campanhas de conscientização como essa são uma das ações do Escritório USP Mulheres, iniciativa criada pela Universidade para integrar o movimento “ElesPorElas” [HeForShe], desenvolvido pela ONU Mulheres, instituição das Nações Unidas dedicada a projetos na área de igualdade de gêneros e empoderamento das mulheres. A USP foi uma das dez universidades mundiais escolhidas para fazer parte desse movimento, sendo a única universidade latino-americana selecionada.

“Infelizmente, quando existe um grupo que é machista, há uma contaminação e mesmo os homens que estão em desacordo com a violência ficam oprimidos. Por isso, nosso objetivo é incentivar uma mudança de comportamento. Quando há um caso de assédio no ônibus ou na sala de aula, por exemplo, é muito importante não só que a mulher denuncie, mas que as pessoas presentes – homens e mulheres – a apoiem”, destaca a diretora do Escritório e professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Eva Alterman Blay.

Além da campanha, o Escritório tem desenvolvido uma série de ações para promover a igualdade de gêneros na Universidade. Entre essas ações, está o treinamento, que deverá acontecer no ano que vem, para sensibilizar e preparar os agentes da Guarda Universitária para atuar em situações de assédio. Outra iniciativa importante é a “Semana 8 de março com Arte”, que acontecerá em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.


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