Inauguração de exposição marca posse de novo diretor do MAC

A exposição “Visões da Arte no Acervo MAC USP 1900-2000” reúne mais de 160 obras, de artistas como Amedeo Modigliani, Tarsila do Amaral, Oswaldo Vigas, Regina Silveira e Wassily Kandinsky, consideradas as mais expressivas do acervo do Museu.

 27/09/2016 - Publicado há 8 anos
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A obra “Autorretrato” (1912), de Egon Schiele, foi cedida ao Museu por comodato

O mezanino do prédio do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, localizado no Ibirapuera, em São Paulo, foi o palco da cerimônia de posse do novo diretor da Instituição, Carlos Roberto Ferreira Brandão, realizada no dia 26 de setembro. O evento reuniu dirigentes da Universidade, autoridades, representantes de entidades culturais públicas e privadas, além de professores, servidores e alunos da Universidade.

Após as ações protocolares de leitura e assinatura do termo de posse, o novo diretor tomou a palavra e enfatizou a “responsabilidade em participar deste momento emblemático representado pela abertura da exposição ‘Visões da Arte no Acervo MAC USP 1900-2000’”.

A exposição, que contou com o apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, reúne mais de 160 obras, de artistas como Amedeo Modigliani, Tarsila do Amaral, Oswaldo Vigas, Regina Silveira e Wassily Kandinsky, consideradas as mais expressivas do acervo do Museu e, segundo o diretor, “apresenta a história da arte e das principais escolas artísticas nos últimos cem anos e amplia o escopo educativo do Museu”. A curadoria é das professoras Ana Magalhães, Helouise Costa e Carmen Aranha.

A mostra também conta com a obra “Autorretrato” (1912), de Egon Schiele, cedida ao Museu, por comodato, pela Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall. Segundo o proprietário do quadro e professor aposentado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Robert Schwarz, trata-se da única obra autenticada do pintor austríaco em solo brasileiro.

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“Convido a todos para visitar as exposições e frequentarem o MAC, este conjunto que é de todos nós”, declarou Brandão

Centro cultural

Em seguida, Brandão anunciou uma série de ações que visam consolidar o Museu como um dos principais centros culturais de São Paulo. Uma dessas medidas é que, desde o dia 27 de setembro, o MAC passou a funcionar até as 21h, nas terças-feiras, o que permitirá que os visitantes tenham mais tempo para conhecer as dez exposições atualmente em cartaz no local.

Além disso, no que se refere à infraestrutura, até o final deste ano, um restaurante deverá entrar em funcionamento no oitavo andar do prédio, de onde se pode ter uma visão panorâmica do Parque do Ibirapuera e da cidade de São Paulo. No mezanino, está prevista a instalação de uma cafeteria e de uma livraria da Editora da USP (Edusp), e deverão ser feitas melhorias na parte externa do prédio, com novo paisagismo dos jardins, dentre outras medidas.

O novo diretor fez menção aos ex-diretores do Museu, alguns deles presentes, como a professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA), Elza Ajzenberg, dirigente no período de 2002 a 2006, e saudou todas as contribuições por eles dadas.

Brandão também reverenciou a parceria do Museu com as Unidades de Ensino e Pesquisa da USP e citou o estudo do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), Rodrigo Cristiano Queiroz, sobre o prédio ocupado pelo MAC, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, na década de 50.

Por fim, fez uma convocação aos presentes: “Convido a todos para visitar as exposições e frequentarem o MAC, este conjunto que é de todos nós”.

Instrumento de formação

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Queremos que o MAC seja um centro de educação das artes, e a experiência do professor Brandão em muito contribuirá para isso”, afirmou o reitor

O reitor da USP, Marco Antonio Zago, iniciou seu discurso destacando o papel dos Museus na Universidade. “Os museus são as instituições mais longevas do mundo ocidental, assim como as universidades. Ambos têm uma característica em comum: tratam da cultura em seu sentido mais amplo”, afirmou.

Zago considerou que a maioria das universidades não possuem grandes museus a elas vinculados. A USP, por sua vez, possui quatro museus estatutários: o MAC, o Museu Paulista, o Museu de Arqueologia e Etnologia e o Museu de Zoologia. “Em que aspectos esses museus se distinguem dos outros?”, indagou.

“Essas instituições não se destinam apenas à guarda do material histórico da Universidade. São depositários de um acervo público e cabe a elas colocá-lo à disposição da sociedade. A população deve ter a oportunidade de aprender a apreciar obras de arte e entender o processo de criação. Além disso, o acervo deve ser utilizado para a pesquisa científica e artística, como instrumento de formação. Queremos que o MAC seja um centro de educação das artes, e a experiência do professor Brandão em muito contribuirá para isso”, concluiu.

(Fotos: Ernani Coimbra)


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