O diálogo é prática que sempre fez parte da história da Universidade de São Paulo. Neste contexto, ele foi buscado, incessantemente, e permeado por princípios democráticos e da tolerância, tanto pela Reitora quanto por representantes da direção da Universidade desde o primeiro dia de ocupação do prédio da Reitoria, sem que se tivesse logrado êxito.
Considerando-se que a Universidade é pública, o seu patrimônio é público e a responsabilidade em preservá-lo recai sobre os seus dirigentes, a falta de providências em decorrência da não-desocupação poderia ser caracterizada, pelo Ministério Público, como ato grave de omissão.
A busca pelo Poder Judiciário, procedimento natural no Estado de Direito, foi, então, inexorável diante da relutância em se desocupar o prédio. É preciso ressaltar que a Reitoria estabeleceu diálogo permanente, dentro dos limites das possibilidades institucionais. No entanto, após 13 dias de ocupação e face à apropriação de documentos sigilosos, evidenciada pelo seu encaminhamento a terceiros, além de danos ao patrimônio e violação de computadores, atos estes registrados no Distrito Policial, entre outros fatos, tornou-se urgente a solicitação de reintegração de posse.
Conclamamos, pois, toda a comunidade da USP para que canalize seus esforços visando à desocupação pacífica da Reitoria. Este é o final que se deseja para a solução do impasse.
São Paulo, 18 de maio de 2007.
Reitoria da USP