Para pró-reitora, a meta é dar visibilidade às ações da Universidade

Finalizando a série de entrevistas, o “Jornal da USP” conversa com a nova pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária

 11/04/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 20/12/2018 as 11:51
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A valorização da diversidade, da interdisciplinaridade, da inovação e da inclusão social norteará a atuação da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) sob o comando da pró-reitora Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado. As indicações de Maria Aparecida e da pró-reitora adjunta Margarida Maria Krohling Kunsch para suas atuais funções foram aprovadas pelo Conselho Universitário, em reunião do dia 13 de março.

“A principal meta da PRCEU é dar visibilidade à Universidade, mostrar que a USP faz muito mais do que formar e capacitar excelentes profissionais, mostrar como o conhecimento que temos gera benefícios para a vida das pessoas e é capaz de responder às demandas da sociedade”, afirmou a nova pró-reitora.

Maria Aparecida explica que a USP tem nas atividades de cultura e extensão um dos pilares para a interação com a sociedade, e que um de seus principais desafios como pró-reitora é lidar com a diversidade de temas, órgãos e programas ligados à Pró-Reitoria. “O foco, neste primeiro momento, é conhecer as atividades realizadas na Universidade, conversar com os dirigentes dos órgãos da PRCEU, com diretores e presidentes das comissões de cultura e extensão das unidades para entender quais os desafios e especificidades de cada um. A partir dessas conversas, poderemos desenvolver um plano estratégico para integrar as ações, otimizar recursos e atuar como agente catalisador, apoiando as experiências já consolidadas e incentivando as ações inovadoras”, afirma. Tanto o mapeamento das atividades quanto a elaboração do planejamento estratégico da Pró-Reitoria serão concluídos ainda neste primeiro semestre.

Além do estabelecimento de um contato direto e frequente com todos os envolvidos nas atividades de cultura e extensão da USP, outro braço importante da gestão será a comunicação social, que deverá proporcionar uma divulgação ampla, objetiva e sem ruídos das ações da Universidade. Para isso, Maria Aparecida conta com a expertise da pró-reitora adjunta, Margarida Maria Krohling Kunsch, docente da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e especialista em comunicação empresarial.

“Assumir a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária é um grande desafio, mas estou bastante motivada e tenho a certeza de que vamos fazer a diferença”, afirmou a nova pró-reitora – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

USP Comunidade

Entre as principais propostas da Pró-Reitoria está o programa USP Comunidade. Segundo Maria Aparecida, “a ideia é que possam ser apoiadas e desenvolvidas ações integradas, não só ligadas à cultura, mas também à educação e à saúde, que valorizem as pessoas e beneficiem a comunidade do entorno. Isso não significa assumir o compromisso de resolver problemas que sejam de responsabilidade do poder público, mas é fazer a diferença com o que a Universidade pode oferecer de melhor”.

Como exemplos de ações desse tipo, Maria Aparecida cita o Encontro USP Escola – programa desenvolvido por várias unidades do campus de São Paulo e que oferece gratuitamente cursos de atualização para professores do ensino básico – e as oficinas de costura organizadas pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e abertas à comunidade. “O selo USP é muito forte. Participar de um curso de capacitação no espaço da Universidade, com alunos e professores daqui, agrega valor, eleva a autoestima das pessoas, que levarão isso para o seu bairro, valorizarão o que é público e, com certeza, serão células multiplicadoras desse conhecimento”, ressalta a dirigente.

A pró-reitora também lembra que “uma vez que nosso aluno, de qualquer área, se envolve em projetos sociais, ele entende a necessidade do trabalho e valoriza o seu papel na sociedade. Assim, proporcionar ao estudante uma visão mais humanizada, não apenas técnica, é formar um profissional melhor”.

Quem é

Graduada em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), em 1981, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado também obteve os títulos de mestre e doutora em Odontopediatria pela unidade. Fez residência no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC), o Centrinho, onde atuou no período de 1984 a 1990.

É professora titular da FOB desde 2009. Na unidade, foi presidente e vice-presidente da Comissão de Pós-Graduação; chefe do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva; vice-diretora e diretora. Foi superintendente do Centrinho entre 2017 e 2018.

Desenvolve pesquisas em proteômica salivar para diagnóstico de doenças tropicais e anomalias craniofaciais e engenharia na regeneração de tecidos ósseo e dentário.


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