Mostra de fotos destaca centenário do professor Pedreira de Freitas

Exposição na USP em Ribeirão Preto retrata um dos mais importantes pesquisadores da doença de Chagas

 06/10/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 09/10/2017 as 11:13
Pedreira de Freitas: contribuições do professor da USP para o combate à doença de Chagas foram fundamentais – Foto: Departamento de Medicina Social/FMRP

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Nesta sexta-feira, dia 6 de outubro, às 18 horas, acontece a abertura da exposição 100 Anos de Nascimento do Professor José Lima Pedreira de Freitas.

José Lima Pedreira de Freitas, nascido em 12 de janeiro de 1917, foi uma das maiores autoridades mundiais em doença de Chagas e fundador, no Brasil, da disciplina de Medicina Preventiva, revolucionando na época os métodos clássicos do ensino da cadeira de Higiene e construindo na instituição o primeiro departamento deste tipo em uma escola médica brasileira.

Assumiu a função de professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP em 1953 e participou da educação de médicos formados desde 1957. Em 1947 já trabalhava em um posto avançado de estudos sobre Chagas em Cássia dos Coqueiros, próximo a Ribeirão Preto, que se tornou um centro de pesquisa, ensino e extensão em atenção primária à saúde integrado à FMRP.

O professor em atividade na USP – Foto: Departamento de Medicina Social/FMRP

Realizou inúmeras contribuições inovadoras. Delas, a mais relevante se refere ao desenvolvimento de uma técnica revolucionária de controle de triatomíneos, o chamado expurgo seletivo, que propiciou a virtual eliminação da transmissão vetorial da doença de Chagas no Brasil. Teve influência marcante na educação de milhares de médicos formados em Ribeirão Preto desde 1957, nos quais foi difundida a visão de uma estreita interdependência entre o processo saúde/doença e as condições de vida dos indivíduos, através do ensino extramuros na periferia das cidades e da prática da atenção primária em saúde.

Segundo seu mestre e amigo Samuel Barnsley Pessôa (1898-1976), “José Lima Pedreira de Freitas possuía uma extraordinária retidão de caráter e, apesar de ter morrido moço, tornou-se figura quase lendária por suas convicções religiosas e filosóficas e pelas suas posições inflexíveis na defesa da liberdade, da justiça e da dignidade humana”. Pedreira de Freitas morreu em 1963, aos 46 anos de idade.

A exposição 100 Anos de Nascimento do Professor José Lima Pedreira de Freitas fica em cartaz até 22 de dezembro de 2017, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, no Museu Histórico da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP (Avenida Nove de Julho, 980, centro, Ribeirão Preto). A promoção é da Comissão de Cultura e Extensão Universitária e do Museu Histórico, ambos da FMRP. Entrada grátis. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail maristel@fmrp.usp.br.

Giovanna Grepi, de Ribeirão Preto
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