Exposição mostra as intrigantes imagens de Giselle Beiguelman

Videoinstalações e projeções da artista e professora da USP estarão em cartaz em São Paulo, a partir do dia 16 de julho, sábado

 14/07/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 15/07/2016 as 11:40
Foto: Divulgação
Imagem da exposição Cinema Lascado, de Giselle Beiguelman – Foto: Divulgação

Cinema Lascado é o nome da exposição que a artista Giselle Beiguelman – professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP – inaugura no dia 16 de julho, sábado, às 11 horas, na Caixa Cultural São Paulo. Com curadoria de Eder Chiodetto, a mostra traz videoinstalações, projeções e 22 imagens inéditas, que reproduzem pesquisas da artista na área da imagem digital.

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A paisagem urbana é um dos temas da exposição Cinema Lascado – Foto: Divulgação

A tecnologia aplicada à estética e as intervenções humanas na paisagem urbana são os principais temas da exposição de Giselle, considerada um dos principais nomes da artemídia da atualidade. Através de imagens obtidas e trabalhadas com instrumentos eletrônicos de várias gerações, os vídeos da artista levam o espectador a uma viagem pelo tempo, entre a “paleoweb” e o “pós-cinema”.

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Imagens editadas com programas de computador obsoletos questionam a estética da tecnologia – Foto: Divulgação

Exemplo dessa arte é a série Cinema Lascado, que dá nome à exposição. Com uma câmera de vídeo, Giselle captou imagens de paisagens urbanas como o Minhocão, em São Paulo, e a extinta Perimetral, no Rio de Janeiro. Depois, editou essas imagens em programas de animação obsoletos, criando obras que transitam entre o low-tech e o high-tech. O resultado foram os vídeos Cinema Lascado – Minhocão e Cinema Lascado – Perimetral, que permitem ao espectador “passear” por cima e por baixo do Minhocão e acompanhar a implosão da Perimetral.

Também apresentada na exposição, a série de vídeos Fast/Slow Scapes é formada por vídeos curtos que mostram paisagens de cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Berlim e Nova York, captadas sempre em movimento. Registram experiências nômades mediadas pela câmera de um aparelho celular.

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Imagem de Giselle Beiguelman exposta em Cinema Lascado – Foto: Divulgação

Já o vídeo CGH-SDU registra cenas obtidas durante decolagens e aterrissagens nos aeroportos de Congonhas (CGH), em São Paulo, e Santos Dumont (SDU), no Rio de Janeiro. Nele, as cores dominantes e o som convertem o movimento em texturas e volumes modulados pela luz, despertando os sentidos do espectador.

“As obras criadas, provocadas, arruinadas por Giselle Beiguelman são como imagens flagradas em trânsito, a meio caminho entre uma representação acerca do mundo exterior e uma espécie de autoanálise sobre a própria natureza das imagens”, afirma o curador Eder Chiodetto, num texto de apresentação da exposição.

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Exposição de Giselle Beiguelman apresenta videoinstalações, projeções e imagens inéditas – Foto: Divulgação

Para Chiodetto, o conjunto formado pelas obras de Cinema Lascado não deve ser visto como “imagens totalizantes”, que aspiram a clarear os contornos de um projeto estético acabado. “São imagens que, entre a possibilidade de enunciarem um referente, adulando-o por meio de uma representação enfática, ou de renunciarem a um lugar no mundo, renegando e abstraindo aquilo que a artista confrontou com o aparato de captação de imagens, optam por nos questionar: o que é, afinal, uma imagem?”

 

A exposição Cinema Lascado, de Giselle Beiguelman, com curadoria de Eder Chiodetto, será inaugurada no dia 16 de julho, sábado, às 11 horas, e ficará em cartaz até 25 de setembro, de terça-feira a domingo, das 9h às 19h, na Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111, centro, em São Paulo). Entrada grátis. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3321-4400 e no endereço eletrônico www.caixacultural.com.br.

 

 

 

 

 

 

 


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